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Trump perde apelação e terá de pagar US$ 5 milhões por difamação e abuso sexual

Presidente eleito deverá pagar quantia à escritora Elizabeth Jean Carroll após painel de juízes rejeitar recurso

Donald Trump enfrenta novas derrotas legais em casos envolvendo E. Jean Carrol (Seth Wenig/AFP)

Donald Trump enfrenta novas derrotas legais em casos envolvendo E. Jean Carrol (Seth Wenig/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 19h51.

Última atualização em 30 de dezembro de 2024 às 20h06.

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Um painel do tribunal federal de apelações dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira, 30, o veredito que considerou o presidente eleito Donald Trump responsável por abusar sexualmente e difamar a jornalista Elizabeth Jean Carroll, ordenando o pagamento de US$ 5 milhões.

"Após análise, concluímos que o senhor Trump não demonstrou que o tribunal distrital errou em nenhuma das decisões contestadas", escreveu o painel em sua decisão.

A equipe jurídica de Trump vinha tentando, nos últimos meses, anular o veredito do júri civil que determinou sua responsabilidade. O caso envolvia acusações de abuso sexual ocorrido em meados da década de 1990, em um provador de loja, e difamação posterior à revelação da história por Carroll.

Decisão reforça condenação anterior

No julgamento de maio de 2023, um júri de nove membros ouviu depoimentos que corroboravam as acusações da jornalista. O republicano, por sua vez, negou repetidamente conhecer Carroll e contestou as evidências apresentadas.

Ainda neste ano, Trump enfrentou um segundo julgamento por difamação, resultando em uma sentença adicional de US$ 83 milhões contra ele. A defesa do bilionário continua apelando dessa decisão, mas a confirmação do veredito original representa um golpe significativo para sua estratégia jurídica.

Depoimentos e gravações pesam contra Trump

A apelação de Trump contra a primeira sentença alegava que o júri havia ouvido depoimentos inadequados, incluindo relatos de Jessica Leeds e Natasha Stoynoff, que também acusaram Trump de má conduta sexual. A defesa argumentou que os testemunhos eram irrelevantes, assim como uma gravação em que Trump se gabava de agarrar mulheres sem consentimento.

O painel rejeitou todos esses argumentos, afirmando que as evidências apresentadas eram legítimas. "As declarações do senhor Trump na fita, juntamente com o testemunho de Leeds e Stoynoff, estabelecem um padrão repetido e idiossincrático de conduta consistente com o que Carroll alegou", escreveu o painel.

Impacto político e legal

A decisão fortalece a condenação inicial e destaca um padrão de comportamento que complicará as futuras defesas do ex-presidente. Trump, que venceu a eleição presidencial deste ano, enfrenta múltiplas batalhas jurídicas enquanto tenta manter seu espaço no cenário político americano.

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