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Israel está sendo tratado com “falta de respeito", diz Trump

Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, dar um discurso programado sobre oposição internacional às construções israelenses de assentamentos

Donald Trump: "não podemos continuar a deixar que Israel seja tratado com total desprezo e desrespeito" (Carlo Allegri/Reuters)

Donald Trump: "não podemos continuar a deixar que Israel seja tratado com total desprezo e desrespeito" (Carlo Allegri/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 14h27.

Última atualização em 28 de dezembro de 2016 às 16h28.

 

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que não se pode permitir que Israel seja tratado com "tanto desdém e falta de respeito", e antecipou que evitará isso quando chegar à Casa Branca, no próximo dia 20 de janeiro.

Em uma série de mensagens pelo Twitter, o sistema que vem utilizando recentemente para lançar ideias na primeira hora do dia, Trump voltou a reagir após a última resolução sobre Israel aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.

"Não podemos continuar deixando que Israel seja tratado com tanto desdém e falta de respeito", afirmou Trump, que também comentou que esse país "costumava ter os Estados Unidos como um grande amigo, mas agora não".

Em uma de suas mensagens, Trump lembrou que o ano começou com o "horrível" acordo sobre o programa nuclear iraniano respaldado por várias potências, incluindo os Estados Unidos, ao qual Trump sempre se opôs.

"E agora isto!", acrescentou o presidente eleito, referindo-se à resolução do Conselho de sexta-feira passada na qual se pediu a Israel que cesse sua política de assentamentos nos territórios palestinos.

Essa resolução foi aprovada com 14 votos a favor e a abstenção dos Estados Unidos, uma decisão que foi adotada pelo governo de Barack Obama semanas antes do fim do seu mandato.

A Administração de Obama é contrária à instalação de colônias israelenses nos territórios palestinos, mas no passado tinha protegido Israel de resoluções parecidas à aprovada na sexta-feira.

"Mantenha-se forte, Israel, porque está se aproximando o 20 de janeiro!", acrescentou Trump.

Quando surgiram notícias de que se levaria ao Conselho de Segurança a resolução sobre os assentamentos israelenses, Trump pediu que os Estados Unidos exercessem seu direito a veto, o que não ocorreu.

Trump deu sinais de que sua política em relação ao Oriente Médio será muito distinta à de Obama, e de fato designou como futuro embaixador em Israel um advogado próximo à direita política desse país, David Friedman.

O presidente eleito também disse que estava fazendo "todo o possível para ignorar as muitas declarações e obstáculos" de Obama, sem maiores precisões. "Pensei que seria uma transição suave, mas não", finalizou.

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