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Trump pede desculpas por retuitar vídeos antimuçulmanos

Compartilhamento da publicação de um grupo de extrema-direita britânico provocou uma tensão com o Reino Unido

Trump: "fiz um retuíte. Quando você faz retuítes pode provocar problemas porque nunca sabe quem os iniciou" (Ronen Zvulun/Reuters)

Trump: "fiz um retuíte. Quando você faz retuítes pode provocar problemas porque nunca sabe quem os iniciou" (Ronen Zvulun/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 09h19.

O presidente americano, Donald Trump, pediu desculpas por ter retuitado vídeos antimuçulmanos de um grupo de extrema-direita britânico - situação que provocou tensão com Londres -, em uma entrevista ao canal britânico ITV.

"Não sabia quem eram", afirmou sobre o Britain First e seus vídeos antimuçulmanos, antes de completar: "Se você me diz que são pessoas racistas horríveis, certamente gostaria de pedir desculpas"

"Fiz um retuíte. Quando você faz retuítes pode provocar problemas porque nunca sabe quem os iniciou", alegou o presidente na entrevista ao jornalista britânico Piers Morgan, realizada na quinta-feira em Davos (Suíça), onde participa no Fórum Econômico Mundial.

Morgan acusou o presidente americano de provocar "uma grande angústia e irritação em meu país, porque o Britain First é essencialmente um monte de racistas, fascistas".

"Não sabia", respondeu o presidente, de acordo com trechos da entrevista que será exibida na íntegra no domingo.

Trump retuitou os vídeos no fim de novembro, o que gerou críticas da primeira-ministra britânica Theresa May, que chamou a atitude de "erro". O presidente americano respondeu que a chefe de Governo britânica deveria se preocupar com os próprios problemas.

"Temos uma grande relação, embora muitas pessoas acreditem que não", declarou Trump sobre May.

"Está fazendo um grande trabalho", completou.

"Sou um grande admirador da Grã-Bretanha, do Reino Unido, da Escócia", afirmou o presidente americano.

A mãe de Trump nasceu na Escócia e ele tem campos de golfe no país.

O incidente de novembro provocou dúvidas, entre a opinião pública britânica, sobre a conveniência de convidar Trump para uma visita de Estado, a mais elevada em termos protocolares e que deveria acontecer este ano.

"Não me importa", respondeu ao ser questionado sobre os britânicos descontentes com convite e inclusive sobre os pedidos para proibir sua entrada.

"Acredito que muitas pessoas em seu país gostam do que defendo, defendo fronteiras fortes".

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