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Trump, o azarão das eleições

Nas eleições americanas, o impensável aos poucos se torna o possível. Poucos acreditavam que o republicano Donald Trump venceria a nomeação para concorrer à Casa Branca. A dinâmica de “o partido é quem decide” imperava e acreditava-se que Trump não conseguiria o número necessário de delagados e perderia para o poder do lobby na convenção. […]

DONALD TRUMP: ele está empatado com Hillary na corrida nacional, mas continua atrás em regiões fundamentais / Russell Cheyne / Reuters
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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2016 às 19h04.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h40.

Nas eleições americanas, o impensável aos poucos se torna o possível. Poucos acreditavam que o republicano Donald Trump venceria a nomeação para concorrer à Casa Branca. A dinâmica de “o partido é quem decide” imperava e acreditava-se que Trump não conseguiria o número necessário de delagados e perderia para o poder do lobby na convenção. A preocupação dos líderes republicanos era clara: Trump é um candidato controverso, e um partido que está há 8 anos longe da presidência não estava disposto a colocar todas as fichas numa aposta improvável.

No entanto, diante de uma polarização dos Estados Unidos em torno do debate político, Trump joga com uma carta a seu favor: não importa o quão polêmico ele seja, os eleitores identificados com os republicanos dificilmente votam pelos democratas. Com cerca de 85% do eleitorado republicano a seu favor, o empresário tem, na prática, o mesmo apoio que outros candidatos do partido tiveram nos últimos 20 anos.

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Clinton enfrenta outra guerra nessa frente. Na próxima semana, ela deve vencer na Califórnia e ser a efetiva candidata democrata. Porém, a maioria dos eleitores independentes apoia seu competidor, o senador Bernie Sanders, a quem Trump tenta convencer a concorrer independentemente, buscando minar os votos de Hillary.

Donald Trump era visto como um candidato que tinha altos índices de rejeição. A verdade é que Hillary Clinton não apetece muito aos americanos também. As últimas pesquisas mostram ambos virtualmente emparelhados na corrida nacional. A vitória vai depender de regiões que tradicionalmente decidem o pleito nos Estados Unidos — a Flórida, a região da Filadélfia (conhecida como Rust Belt), o meio-oeste e a região do sudeste, onde está a Carolina do Norte. Desde 1992, os democratas vencem nos mesmos 18 estados, legando a essas regiões uma importância fundamental na busca dos republicanos pelos últimos votos para ganhar a eleição.

Regiões bastante diferentes entre si, conseguir os votos desses eleitores não vai ser tão fácil. Muita bola vai rolar ainda.

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