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Trump nega falado com John Bolton sobre ajuda militar à Ucrânia

Com as novas revelações sobre o caso investigado no processo de impeachment de Trump, aumentam as pressões para John Bolton seja testemunha

EUA: Bolton escreveu que Trump teria dito que "queria seguir congelando a assistência de segurança à Ucrânia, até que o ajudassem com as investigações" (Leah Millis/File Photo/Reuters)

EUA: Bolton escreveu que Trump teria dito que "queria seguir congelando a assistência de segurança à Ucrânia, até que o ajudassem com as investigações" (Leah Millis/File Photo/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 14h45.

Última atualização em 27 de janeiro de 2020 às 20h08.

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta segunda-feira ter dito ao ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton, que havia condicionado ajuda militar à Ucrânia a condução de uma investigação ao pré-candidato democrata à Casa Branca Joe Biden e o filho dele Hiden.

"Nunca disse a John Bolton que a ajuda à Ucrânia estava vinculada às investigações aos democratas, incluindo os Biden", garantiu o chefe de governo, em série de tuítes publicados hoje.

De acordo como jornal americano "The New York Times", Bolton prepara um livro sobre os bastidores da Casa Branca e teria informações que comprometeriam o presidente americano, que passa por julgamento político no Senado, que pode resultar em impeachment, pelo caso.

"Nunca se queixou por isso, quando deixou o cargo. Se John Bolton disse isso, deve ter sido para vender um livro", escreveu Trump, que está sendo acusado de abuso de poder e obstrução ao Congresso.

Os democratas do Congresso pediram que o ex-conselheiro de Segurança Nacional testemunhe no julgamento político.

No livro, segundo o "The New York Times", Bolton escreveu que Trump teria dito em agosto do ano passado que "queria seguir congelando os US$ 391 milhões de assistência de segurança à Ucrânia, até que o ajudassem com as investigações".

Joe Biden e Hunter, que trabalhou para a companhia de gás ucraniana Burisma, seriam os alvos.

Com as revelações, aumentaram as pressões para que Bolton e o chefe de Gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, que foram proibidos pelo governo de testemunhar, participem do julgamento político.

Trump justificou o veto dos depoimentos, por ser um assunto de segurança nacional, mas garantiu que nunca houve pedido para que o antigo conselheiro se apresentasse para dar testemunho.

A defesa do chefe de governo americano garantiu recentemente que aqueles que afirmar ter sido condicionada ajuda à Ucrânia, nunca presenciaram uma conversa de Trump com o presidente do país do Leste Europeu, Vladimir Zelenski.

Bolton, por sua vez, teria garantido no livro que estava no local onde aconteceram encontros.

Senado

A senadora republicana Susan Collins disse nesta segunda-feira que o argumento para se chamar testemunhas no julgamento de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi reforçado por uma notícia do New York Times sobre um caderno manuscrito do ex-assessor de Trump John Bolton.

"As notícias sobre o caderno de John Bolton reforçam o argumento por testemunhas e provocaram várias conversas entre meus colegas", disse Collins em comunicado divulgado no Twitter.

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