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Trump insiste que quer acordo sobre DACA e culpa democratas

Embora hoje tenha se cumprido o prazo fixado pelo presidente para derrubar o DACA, o programa continua parcialmente vivo graças aos tribunais

Trump: "É 5 de março e os democratas não estão presentes no que se refere ao DACA. Eu lhes dei seis meses, mas não lhes importa. Onde estão? Estamos preparados para chegar a um acordo!" (Yuri Gripas/Reuters)

Trump: "É 5 de março e os democratas não estão presentes no que se refere ao DACA. Eu lhes dei seis meses, mas não lhes importa. Onde estão? Estamos preparados para chegar a um acordo!" (Yuri Gripas/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de março de 2018 às 19h06.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta segunda-feira que está "preparado para chegar a um acordo" com o Congresso para substituir o DACA, programa que protegia da deportação cerca de 690.000 jovens imigrantes ilegais conhecidos como "sonhadores".

"É 5 de março e os democratas não estão presentes no que se refere ao DACA. Eu lhes dei seis meses, mas não lhes importa. Onde estão? Estamos preparados para chegar a um acordo!", escreveu Trump na sua conta oficial no Twitter.

Minutos antes, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, tachou de "patético" que o Congresso não tivesse chegado a um acordo para substituir o DACA antes de hoje, quando se completou o prazo de seis meses que Trump deu aos legisladores.

"É absolutamente terrível que o Congresso não tenha atuado. O presidente lhes deu seis meses e também um plano", disse Sanders na sua entrevista coletiva diária.

"Ainda temos esperanças de que o Congresso fará seu trabalho, e regulará este problema ao invés de continuar adiando-o ou ignorando-o", acrescentou a porta-voz.

Em setembro, Trump anunciou o fim do Programa de Ação Diferida para os Chegados na Infância (DACA), impulsionado em 2012 pelo ex-presidente Barack Obama e que protegia da deportação milhares de jovens imigrantes ilegais que chegaram aos EUA quando crianças.

Trump deu ao Congresso o prazo até hoje, 5 de março, para aprovar uma alternativa que desse uma solução permanente a esses jovens, que graças ao programa puderam residir e trabalhar legalmente no país.

O presidente ofereceu dar uma via à cidadania a 1,8 milhão de jovens imigrantes ilegais, mas em troca exigiu que o Congresso solucionasse suas preocupações sobre a migração legal e lhe desse US$ 25 bilhões para erguer o muro na fronteira com o México e reforçar a segurança fronteiriça.

No entanto, a oposição democrata exige um projeto de lei que lidasse exclusivamente com o futuro dos "sonhadores", e as negociações entre o Congresso e a Casa Branca não deram frutos por enquanto.

Embora hoje tenha se cumprido o prazo fixado por Trump para derrubar o DACA, o programa continua parcialmente vivo graças aos tribunais.

Em janeiro, um juiz da Califórnia ordenou a Trump que continuasse recebendo solicitações de renovação da proteção do DACA até que se resolvam todos os litígios pendentes, e um juiz de Nova York emitiu mais tarde uma decisão similar.

Por sua vez, a porta-voz da Casa Branca assegurou hoje estar "completamente confiante" de que o governo de Trump ganhará suas apelações nesses casos, e também no Tribunal Supremo "se for necessário comparecer a ele".

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