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Trump informou Duterte sobre envio de submarinos a águas coreanas

A notícia, publicada pelo jornal The New York Times, deve levantar comentários sobre o tratamento de questões sensíveis pelo presidente americano

Donald Trump: ele teria dito ao presidente filipino que Washington tem "muito poder de fogo" na região (Remo Casilli/Reuters)

Donald Trump: ele teria dito ao presidente filipino que Washington tem "muito poder de fogo" na região (Remo Casilli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de maio de 2017 às 11h31.

Manila - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ao presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que Washington enviou dois submarinos nucleares para águas ao largo da península coreana, segundo o jornal The New York Times, em comentários que devem levantar questões sobre seu tratamento de questões sensíveis.

Trump disse que um "grande, grande conflito" com a Coreia do Norte é possível por conta dos programas nuclear e de mísseis norte-coreanos, e que todas as opções estão na mesa, mas que ele quer resolver a crise diplomaticamente.

A Coreia do Norte prometeu desenvolver um míssil com uma ogiva nuclear que possa atingir os Estados Unidos, afirmando que o programa é necessário para conter a agressão norte-americana.

Trump disse ao presidente filipino Duterte que Washington tem "muito poder de fogo lá", de acordo com o New York Times, que citou uma transcrição de ligação ocorrida em 29 de abril entre os dois líderes.

"Temos dois submarinos -- os melhores do mundo. Temos dois submarinos nucleares, não que queiramos usá-los", disse Trump a Duterte, segundo o jornal, com base na transcrição da conversa.

A reportagem foi baseada em uma transcrição filipina da ligação que circulou na terça-feira sob o rótulo de "confidencial" pela divisão norte-americana do Departamento Filipino de Negócios Estrangeiros.

Em uma demonstração de força, os Estados Unidos enviaram o porta-aviões nuclear Carl Vinson para as águas da península coreana, onde se juntou ao USS Michigan, um submarino nuclear que atracou na Coreia do Sul no final de abril.

De acordo com o Times, um alto funcionário do governo Trump em Washington, que não estava autorizado a discutir publicamente a ligação e insistiu no anonimato, confirmou que a transcrição era uma representação precisa da ligação entre os dois líderes.

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