Trump no bunker; 4 mil pessoas presas: protestos nos EUA continuam
Durante manifestações em Washington, Trump chegou a ser levado ao bunker da Casa Branca; protestos completam uma semana nos Estados Unidos
Gabriela Ruic
Publicado em 1 de junho de 2020 às 08h07.
Última atualização em 1 de junho de 2020 às 12h26.
O presidente dos Estado Unidos , Donald Trump, foi levado a um bunker, um cômodo feito para resistir ameaças externas, na Casa Branca na noite de domingo, 31 de maio, enquanto o país era tomado por manifestações antirracismo e antiviolência policial por ocasião da morte de George Floyd no início da semana passada.
De acordo com informações da rede de notícias CNN, a permanência de Trump aconteceu por cerca de uma hora, enquanto milhares de pessoas se reuniam do lado de fora da Casa Branca, que chegou a apagar as suas luzes. A primeira-dama, Melania, e seu filho caçula, Baron, também foram levados ao bunker junto com o presidente.
Após manifestações continuarem nas ruas mesmo depois do toque de recolher às 23h de domingo (horário local), a polícia de Washington afirmou que estava respondendo a diversos casos em que pessoas intencionalmente atearam fogo em locais na cidade. Um deles foi a Igreja Episcopal St. John, próxima do Lafayette Park.
Toda a Guarda Nacional em Washington - cerca de 1.700 soldados - foi chamada para ajudar a controlar os protestos, de acordo com dois oficiais do Departamento de Justiça que insistiram em anonimato porque não podiam discutir o assunto publicamente.
Os protestos nos Estados Unidos estão completando uma semana e são registrados em 140 cidades e mais de 20 estados. De acordo com dados da agência Associated Press, mais de 4 mil pessoas já foram presas nas demonstrações, a maioria delas em Los Angeles (Califórnia). Em Minneapolis, epicentro dos protestos e cidade na qual Floyd morreu, 155 pessoas estão detidas.
Em Nova York, a filha do prefeito, Bill de Blasio, foi uma das mais de 700 presas. Em Minneapolis, a Guarda Nacional foi acionada para conter as pessoas nas ruas.
Protestos nos Estados Unidos
O caso George Floyd , homem negro que morreu depois de ter um policial ajoelhado no seu pescoço por vários minutos na cidade de Minneapolis (Minnesota), reacendeu a tensão racial e o debate sobre violência policial nos Estados Unidos.
Floyd morreu na semana passada e, desde então, várias cidades do país foram tomadas por protestos depois que um vídeo do acontecimento veio à tona, muitos dos quais terminaram em confrontos com a polícia. Os policiais envolvidos no caso foram detidos.
Manifestantes são vistos em meio à fumaça de gás lacrimogêneo durante protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo, 31 de maio de 2020. REUTERS / Rahel Patrasso
Manifestantes são vistos em meio à fumaça de gás lacrimogêneo durante protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo, 31 de maio de 2020. REUTERS / Rahel Patrasso
Pessoas protestam contra a violência policial durante operações em favelas contra gangues de drogas e racismo no Brasil, em frente ao Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro, Brasil, 31 de maio de 2020. REUTERS / Pilar Olivares
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