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Trump e Putin se reúnem em esperada cúpula bilateral em Helsinque

Na cúpula, que acaba de começar, o presidente dos Estados Unidos espera estabelecer uma relação pessoal com o líder russo

Cúpula: é difícil prever que tom adotará Trump, conhecido por sua tendência à provocação (Kevin Lamarque/Reuters)
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AFP

Publicado em 16 de julho de 2018 às 08h40.

Última atualização em 16 de julho de 2018 às 08h55.

O presidente americano, Donald Tr ump , e seu colega russo, Vladimir Putin , reúnem-se nesta segunda-feira (16), em Helsinque, em uma cúpula muito esperada, na qual todas as suas declarações e gestos serão acompanhados pelo mundo todo.

O avião de Putin aterrissou às 10h GMT (7h em Brasília), no aeroporto internacional da capital finlandesa, um dia depois de ter assistido, em Moscou, à final da Copa do Mundo de futebol.

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Já Trump e sua mulher, Melania, que chegaram a Helsinque no domingo, começaram o dia com um café da manhã com o presidente finlandês, Sauli Niinistö, e sua esposa, Jenni Haukio.

Na cúpula, que acaba de começar, o presidente americano espera estabelecer uma relação pessoal com o líder russo. É difícil, porém, prever que tom adotará Trump, conhecido por sua tendência à provocação.

Muitos diplomatas e analistas temem que o presidente americano faça uma série de concessões a Putin, em questões como guerra na Síria, ou anexação da Crimeia por parte da Rússia.

Poucas horas antes da cúpula, Trump afirmou, em um surpreendente tuíte, que as tensas relações entre Washington e Moscou se devem à "caça às bruxas" promovida pelo FBI, que investiga a influência russa na eleição presidencial americana de 2016.

O presidente republicano também criticou seu antecessor, o democrata Barack Obama, acusando-o de não ter reagido antes a essa situação.

"Acredito em ter reuniões com Rússia, China, Coreia do Norte. Nada de ruim vai resultar disso e talvez saia algo de bom", declarou Trump, no domingo, em entrevista à rede CBS, na qual reconheceu que vai ao encontro com Putin com "baixas expectativas".

Já Putin não comentou sobre suas expectativas, ou objetivos, em relação à cúpula com Trump.

"O estado das relações bilaterais é muito ruim", resumiu seu conselheiro Yuri Ushakov. "Devemos começar a restabelecê-las", acrescentou.

A importância da Síria

A Síria terá, certamente, um lugar de destaque nas conversas entre os dois dirigentes.

Trump está impaciente para se distanciar desse conflito e retirar as tropas americanas estacionadas no país.

Já a Rússia, que intervém em apoio ao regime de Bashar Al-Assad desde 2015, tem mais do que nunca a intenção de desempenhar um papel-chave na Síria.

O encontro acontece no palácio presidencial, no centro da capital finlandesa, um local com uma longa tradição de acolhida das cúpula entre os dois países.

Primeiramente, vão-se reunir sozinhos com seus intérpretes e, depois, serão acompanhados de suas respectivas delegações para um almoço de trabalho.

Assim como seus antecessores democratas e republicanos, Trump já se reuniu com Putin, mas, desta vez, o formato do encontro e o momento escolhido fazem dele um evento especial.

A cúpula desta segunda é a última etapa de uma viagem de uma semana pela Europa, na qual Trump atacou duramente seus aliados, especialmente a Alemanha, sem criticar o presidente russo.

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