Mundo

Trump e Moon debatem relação com Coreia do Norte após teste com armas

A Coreia do Sul e os EUA tentam negociar com a Coreia do Norte a sua desnuclearização completa

Trump já realizou duas cúpulas com o líder da Coreia do Norte para tratar da desnuclearização do país (Cheriss May/Getty Images)

Trump já realizou duas cúpulas com o líder da Coreia do Norte para tratar da desnuclearização do país (Cheriss May/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 7 de maio de 2019 às 16h52.

Washington — Os presidentes de Estados Unidos e Coreia do Sul, Donald Trump e Moon Jae-in, conversaram nesta terça-feira por telefone sobre o futuro das agora estagnadas negociações para o encerramento do programa nuclear da Coreia do Norte, três dias após o regime comandado por Kim Jong-un realizar um teste com armas.

Ontem, Trump já havia conversado a respeito, também por telefone, com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.

"(Trump e Moon) falaram sobre os eventos recentes relacionados com a República Democrática Popular da Coreia e sobre como conseguir a desnuclearização definitiva e completamente verificada (do país)", disse a Casa Branca em comunicado.

O governo americano não mencionou especificamente o teste militar norte-coreano, nem deu detalhes sobre a conversa entre os dois governantes a respeito.

Neste sábado, Trump minimizou a importância da manobra norte-coreana, que segundo o regime visava testar lança-foguetes "de grosso calibre e longo alcance, e armas táticas teleguiadas".

"Acredito que (o líder norte-coreano) Kim Jong-un se dá conta plenamente do grande potencial econômico da Coreia do Norte e não fará nada para interferir nele ou dinamitá-lo. Além disso, sabe que estou do seu lado e não quer quebrar a promessa que me fez", escreveu Trump no Twitter.

Trump já se reuniu duas vezes com Kim, mas o último encontro, realizado em fevereiro no Vietnã, fracassou ao não chegar a um acordo entre as partes.

A Coreia do Norte congelou seu programa balístico e nuclear desde que iniciou as conversas com os EUA, mas a estagnação das negociações fez com que o teste com armas realizado no último sábado gerasse dúvidas sobre as intenções de Kim.

A Coreia do Sul criticou o teste por considerar que viola o acordo militar intercoreano assinado em setembro do ano passado, enquanto a Coreia do Norte afirmou que o lançamento dos mísseis ocorreu em resposta a manobras conjuntas de tropas sul-coreanas e americanas que Pyongyang também considera uma violação do mencionado pacto.

Os norte-coreanos não compareceram a nenhuma das 10 reuniões intercoreanas que deveriam ter acontecido a cada sexta-feira após a fracassada cúpula do final do último mês de fevereiro, e também não foi informado nenhum contato entre as equipes de trabalho da Coreia do Norte e dos EUA desde então.

Acompanhe tudo sobre:Armas nuclearesCoreia do NorteCoreia do SulDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Kim Jong-un

Mais de Mundo

Há comida nos mercados, mas ninguém tem dinheiro para comprar, diz candidata barrada na Venezuela

Companhias aéreas retomam gradualmente os serviços após apagão cibernético

Radiografia de cachorro está entre indícios de esquema de fraude em pensões na Argentina

Trump conversa com Zelensky e promete "negociação" e "fim da guerra" na Ucrânia

Mais na Exame