Trump e Hillary sobem o tom das acusações em debate na TV
No segundo debate televisivo, Donald Trump subiu o tom e ameaçou colocar Hillary Clinton na prisão
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2016 às 07h45.
Saint Louis (EUA) - Os candidatos à presidência dos Estados Unidos levaram neste domingo seus ataques ao extremo em seu segundo debate na televisão, no qual Donald Trump ameaçou colocar na prisão Hillary Clinton se chegar ao poder e ela opinou que o empresário é deficiente para o cargo por causa de seus "brutais" insultos a mulheres, latinos e outros.
O vídeo revelado na sexta-feira no qual Trump faz comentários que denigrem as mulheres e a perda de apoio republicano a sua campanha marcaram o tom de um debate tenso desde o começo, com a recusa dos candidatos a apertar as mãos ao chegar ao palco na Universidade de Washington, em Saint Louis (Missouri).
Consciente do momento frágil pelo qual passa sua campanha, Trump em seguida foi à ofensiva e disse que, se chegar ao poder, nomeará um promotor especial para averiguar Hillary por seu uso de um servidor privado para gerenciar seus e-mails profissionais quando era secretária de Estado (2009-2013).
Quando Hillary afirmou que se alegrava que alguém com o temperamento de Donald Trump não esteja governando o país, o empresário replicou: "Porque então você estaria na prisão".
A ex-secretária de Estado tentou retomar o controle do debate e aproveitou as interrupções de Trump durante uma de suas respostas para dizer-lhe: "Sei que você quer gerar distrações esta noite, o que for para evitar falar sobre sua campanha e como está explorando, e como os republicanos estão te abandonando".
Trump afirmou que "não está orgulhoso" dos comentários sobre as mulheres que fez em 2005, quando o vídeo que vazou para a imprensa na sexta-feira foi gravado, e que se desculpou "com sua família e o povo americano" por isso.
Mas insistiu que simplesmente eram "comentários típicos de um vestiário de ginásio" entre homens, e pediu para se concentrar "em coisas muito mais importantes", como o grupo Estado Islâmico (EI).
"Tenho um respeito tremendo pelas mulheres, e as mulheres me respeitam", sentenciou Trump, assegurando que nunca chegou a abusar sexualmente de ninguém.
Sua rival esteve todo o fim de semana preparando sua resposta ao escândalo, e desejava contestar depois que Trump apareceu antes do debate junto com várias mulheres que acusaram de assédio sexual seu marido, o ex-presidente Bill Clinton.
"Vimos Trump insultar as mulheres, classificá-las por sua aparência de um a dez", afirmou a candidata democrata.
"Mas não só são as mulheres, e não só é este vídeo o que desperta dúvidas sobre sua capacidade de ser presidente, porque também atacou imigrantes, afro-americanos, latinos, gente incapacitada, prisioneiros de guerra e muitos outros", acrescentou.
Ao longo do debate, Trump também descreveu Hillary como "o diabo" e a acusou de ter "um ódio tremendo em seu coração", devido a que qualificou de "deploráveis" metade dos simpatizantes do candidato republicano.
"Eu não tenho nenhum problema com seus simpatizantes, mas com ele e com a campanha de divisão e cheia de ódio que liderou, a incitação à violência em seus comícios, e seus comentários brutais sobre todo tipo de americanos", respondeu Hillary.
Os ataques pessoais deixaram pouco espaço para a substância no debate, no qual foram citados temas como a reforma da saúde, os impostos, a islamofobia nos EUA e a situação na Síria.
Trump reconheceu que não "está de acordo" com seu companheiro de chapa, o candidato a vice-presidente Mike Pence, que no debate de terça-feira passada disse que as "provocações da Rússia na Síria têm que ter como resposta a força dos Estados Unidos".
O empresário argumentou que é preciso se concentrar exclusivamente na luta contra o EI e que a cidade de Aleppo, onde há uma ofensiva russa e síria, "basicamente já caiu".
Enquanto isso, a candidata democrata disse que é a favor de investigar a Rússia e o regime de Damasco pelos "crimes de guerra" que cometeram na Síria, e argumentou que os comentários "imprudentes" de Trump sobre os muçulmanos "são utilizados" pelos grupos jihadistas para recrutar novos terroristas.
Por outro lado, Trump reconheceu ter evitado impostos após declarar US$ 916 milhões em perdas em 1995, outro dos temas que lhe geraram mais críticas da campanha de Hillary.
O debate acabou com uma tentativa de conciliação, quando um eleitor pediu aos candidatos que citassem uma virtude do outro.
"Respeito a seus filhos. São incrivelmente capazes e leais, e acredito que isso diz muito sobre Donald e é algo que respeito", admitiu Hillary, enquanto Trump reconheceu que sua rival "não abandona, não se rende, é uma lutadora", e isso "é um traço muito bom".
Os elogios não conseguiram apagar uma hora e meia de farpas, mas sim acabaram no aperto de mãos que tanto tinham evitado no começo, e com o qual se despediram até o terceiro e último debate, que acontecerá no dia 19 de outubro em Las Vegas (Nevada).
Saint Louis (EUA) - Os candidatos à presidência dos Estados Unidos levaram neste domingo seus ataques ao extremo em seu segundo debate na televisão, no qual Donald Trump ameaçou colocar na prisão Hillary Clinton se chegar ao poder e ela opinou que o empresário é deficiente para o cargo por causa de seus "brutais" insultos a mulheres, latinos e outros.
O vídeo revelado na sexta-feira no qual Trump faz comentários que denigrem as mulheres e a perda de apoio republicano a sua campanha marcaram o tom de um debate tenso desde o começo, com a recusa dos candidatos a apertar as mãos ao chegar ao palco na Universidade de Washington, em Saint Louis (Missouri).
Consciente do momento frágil pelo qual passa sua campanha, Trump em seguida foi à ofensiva e disse que, se chegar ao poder, nomeará um promotor especial para averiguar Hillary por seu uso de um servidor privado para gerenciar seus e-mails profissionais quando era secretária de Estado (2009-2013).
Quando Hillary afirmou que se alegrava que alguém com o temperamento de Donald Trump não esteja governando o país, o empresário replicou: "Porque então você estaria na prisão".
A ex-secretária de Estado tentou retomar o controle do debate e aproveitou as interrupções de Trump durante uma de suas respostas para dizer-lhe: "Sei que você quer gerar distrações esta noite, o que for para evitar falar sobre sua campanha e como está explorando, e como os republicanos estão te abandonando".
Trump afirmou que "não está orgulhoso" dos comentários sobre as mulheres que fez em 2005, quando o vídeo que vazou para a imprensa na sexta-feira foi gravado, e que se desculpou "com sua família e o povo americano" por isso.
Mas insistiu que simplesmente eram "comentários típicos de um vestiário de ginásio" entre homens, e pediu para se concentrar "em coisas muito mais importantes", como o grupo Estado Islâmico (EI).
"Tenho um respeito tremendo pelas mulheres, e as mulheres me respeitam", sentenciou Trump, assegurando que nunca chegou a abusar sexualmente de ninguém.
Sua rival esteve todo o fim de semana preparando sua resposta ao escândalo, e desejava contestar depois que Trump apareceu antes do debate junto com várias mulheres que acusaram de assédio sexual seu marido, o ex-presidente Bill Clinton.
"Vimos Trump insultar as mulheres, classificá-las por sua aparência de um a dez", afirmou a candidata democrata.
"Mas não só são as mulheres, e não só é este vídeo o que desperta dúvidas sobre sua capacidade de ser presidente, porque também atacou imigrantes, afro-americanos, latinos, gente incapacitada, prisioneiros de guerra e muitos outros", acrescentou.
Ao longo do debate, Trump também descreveu Hillary como "o diabo" e a acusou de ter "um ódio tremendo em seu coração", devido a que qualificou de "deploráveis" metade dos simpatizantes do candidato republicano.
"Eu não tenho nenhum problema com seus simpatizantes, mas com ele e com a campanha de divisão e cheia de ódio que liderou, a incitação à violência em seus comícios, e seus comentários brutais sobre todo tipo de americanos", respondeu Hillary.
Os ataques pessoais deixaram pouco espaço para a substância no debate, no qual foram citados temas como a reforma da saúde, os impostos, a islamofobia nos EUA e a situação na Síria.
Trump reconheceu que não "está de acordo" com seu companheiro de chapa, o candidato a vice-presidente Mike Pence, que no debate de terça-feira passada disse que as "provocações da Rússia na Síria têm que ter como resposta a força dos Estados Unidos".
O empresário argumentou que é preciso se concentrar exclusivamente na luta contra o EI e que a cidade de Aleppo, onde há uma ofensiva russa e síria, "basicamente já caiu".
Enquanto isso, a candidata democrata disse que é a favor de investigar a Rússia e o regime de Damasco pelos "crimes de guerra" que cometeram na Síria, e argumentou que os comentários "imprudentes" de Trump sobre os muçulmanos "são utilizados" pelos grupos jihadistas para recrutar novos terroristas.
Por outro lado, Trump reconheceu ter evitado impostos após declarar US$ 916 milhões em perdas em 1995, outro dos temas que lhe geraram mais críticas da campanha de Hillary.
O debate acabou com uma tentativa de conciliação, quando um eleitor pediu aos candidatos que citassem uma virtude do outro.
"Respeito a seus filhos. São incrivelmente capazes e leais, e acredito que isso diz muito sobre Donald e é algo que respeito", admitiu Hillary, enquanto Trump reconheceu que sua rival "não abandona, não se rende, é uma lutadora", e isso "é um traço muito bom".
Os elogios não conseguiram apagar uma hora e meia de farpas, mas sim acabaram no aperto de mãos que tanto tinham evitado no começo, e com o qual se despediram até o terceiro e último debate, que acontecerá no dia 19 de outubro em Las Vegas (Nevada).