Donald Trump: presidente americano disse que Petro tem sido bastante hostil com os EUA (Roberto Schmidt/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 20h59.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta quarta-feira, 10, que o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, será “o próximo”, em referência à pressão que seu governo vem exercendo sobre o líder venezuelano Nicolás Maduro.
A declaração foi feita após questionamento de jornalistas na Casa Branca. Ao ser perguntado se pretende falar em breve com Petro, Trump descartou a possibilidade e afirmou que o presidente colombiano “tem sido bastante hostil com os Estados Unidos”.
Em seguida, fez a ameaça direta: “Espero que ele esteja me ouvindo. Ele será o próximo”.
Trump também acusou a Colômbia de ampliar a produção de drogas. Segundo o presidente americano, Petro “vai ter grandes problemas se não perceber” que o país está “produzindo muita droga”. Ele afirmou ainda que existem “fábricas de cocaína onde produzem cocaína e a vendem diretamente para os Estados Unidos”.
Em setembro, Trump retirou a Colômbia da lista de países que cooperam com o combate às drogas e, posteriormente, aplicou sanções contra Petro, a quem chamou de “líder do narcotráfico”. O mandatário colombiano rejeitou as acusações e sustenta que a política antidrogas de seu governo é a adequada.
As declarações inserem a Colômbia na mira da operação “Lança do Sul”, ordenada por Trump sob o argumento de combater o narcotráfico na América Latina e que já elevou a tensão com o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela.
Desde setembro, segundo o governo americano, as Forças Armadas dos EUA destruíram mais de 20 embarcações no Caribe e no Pacífico, próximas à Venezuela e à Colômbia, resultando na morte de mais de 80 supostos traficantes a bordo.
Trump também prometeu que “em breve” os Estados Unidos iniciarão ataques dentro do território venezuelano. Em resposta, Maduro convocou a população do país a se unir contra as ameaças americanas e a se alistar em milícias populares.
*Com informações da EFE