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Trump diz que conversará com Bolsonaro sobre ação militar na Venezuela

Americano costuma deixar em aberto a opção de uma intervenção; militares do governo brasileiro refutam a possibilidade de apoio a qualquer ação

Trump e Bolsonaro: presidente americano disse que sabe o que quer em relação à Venezuela (Carlos Barria/Reuters)

Trump e Bolsonaro: presidente americano disse que sabe o que quer em relação à Venezuela (Carlos Barria/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de março de 2019 às 15h02.

Washington — O presidente Jair Bolsonaro foi recebido na manhã desta terça-feira, 19, pelo presidente americano Donald Trump na Casa Branca. Em um encontro no Salão Oval, Trump disse que irá apoiará a entrada do Brasil na OCDE e que os assuntos principais do encontro serão comércio e a crise na Venezuela. Questionado especificamente se iria pedir falar com o Brasil sobre a opção militar, Trump afirmou que os dois ainda não haviam conversado mas que "temos que discutir isso".

"Eu sei exatamente o que quero que aconteça na Venezuela, nós temos opções diferentes sobre a Venezuela, vamos conversar sobre elas. Todas as opções são sobre a mesa", repetiu Trump. O presidente americano costuma deixar em aberto a opção de uma intervenção militar ao falar que todas as opções estão sobre a mesa. A ala militar do governo brasileiro refuta a possibilidade de apoio a qualquer ação militar.

O americano, no entanto, disse que conversará sobre o tema com Bolsonaro. "É uma vergonha o que está acontecendo na Venezuela, toda a crise e fome, vamos falar sobre isso em profundidade", afirmou.

Trump afirmou que irá apoiar a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um pleito brasileiro. "Eu estou apoiando o Brasil para entrar na OCDE." O pleito é visto pelo Brasil como um selo de confiança internacional e tem sido defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Questionado sobre facilitação de vistos, Trump afirmou que essa possibilidade é cogitada, mas rapidamente mudou de assunto para criticar o nível de comércio entre os dois países. "Pensando muitas coisas em diferentes opções, também estamos pensando facilitar os vistos mas o comércio que temos com o Brasil não é tão bom como deveria ser. Temos que trabalhar para que seja o melhor possível", afirmou o americano.

Os dois presidentes trocaram camisetas de futebol. Trump presenteou Bolsonaro com uma camiseta de um time americano, com nome do Bolsonaro escrito atrás. Já Bolsonaro deu uma camisa da seleção brasileira com o número 10, do Pelé, e o escrito "Trump" nas costas. Bolsonaro estava acompanhado do filho mais novo, o deputado Eduardo Bolsonaro.

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