Donald Trump: governo americano acusa o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de envolvimento no tráfico de drogas na região do Caribe (Michael M. Santiago/Getty Images)
Repórter
Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 15h14.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve se reunir com seus principais assessores na próxima segunda-feira para discutir a situação na Venezuela, entre outros temas. A informação foi confirmada por fontes próximas ao governo norte-americano, em condição de anonimato, à agência Reuters.
A reunião ocorrerá no Salão Oval e contará com a presença do secretário de Estado, Marco Rubio, do secretário de Defesa, Pete Hegseth, e de outros membros importantes da equipe de Trump.
Este encontro acontece em meio ao aumento da pressão dos Estados Unidos sobre a Venezuela, pelas alegações americanas sobre o tráfico de drogas originado no país.
Neste sábado, 29 de novembro, Trump declarou que o espaço aéreo sobre a Venezuela e seus arredores deveria ser considerado "totalmente fechado", o que gerou inquietação em Caracas.
No domingo, ele confirmou ter conversado com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, considerado pela Casa Branca como um líder ilegítimo, mas não compartilhou detalhes da conversa com a imprensa.
O governo de Donald Trump tem avaliado diversas opções para lidar com a situação na Venezuela, com foco na suposta participação de Maduro no tráfico de drogas que, segundo Washington, tem causado mortes de cidadãos americanos. Maduro, por sua vez, negou qualquer envolvimento com o narcotráfico.
As forças armadas americanas na região têm se concentrado em operações contra o narcotráfico, embora a capacidade militar disponível seja muito superior ao necessário para tais ações, informou a Reuters.
Desde setembro, as tropas dos EUA realizaram ao menos 21 ataques contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico, resultando na morte de pelo menos 83 pessoas.
Nos últimos dias, aumentaram os rumores sobre ações militares iminentes, especialmente com o envio de tropas americanas para o Caribe, em meio ao agravamento das tensões com a Venezuela.