Trump: o governo americano enfrenta sua maior paralisação enquanto Trump tenta negociar a construção do muro (Yuri Gripas/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de janeiro de 2019 às 14h19.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou neste sábado o México por "não fazer nada" para deter a caravana de migrantes hondurenhos, que ontem começaram a entrar no território mexicano como parte de sua travessia rumo aos EUA.
Mexico is doing NOTHING to stop the Caravan which is now fully formed and heading to the United States. We stopped the last two - many are still in Mexico but can’t get through our Wall, but it takes a lot of Border Agents if there is no Wall. Not easy!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 19, 2019
"O México não está fazendo nada para deter a caravana que agora está completamente formada e se dirige aos Estados Unidos. Nós paramos as últimas duas. Muitos (migrantes) ainda estão no México, mas não podem atravessar o nosso muro, são necessários muitos agentes de fronteira se não tem nenhum muro. Não é fácil", afirmou Trump pelo Twitter.
Mais de dois mil migrantes hondurenhos se juntaram ontem à caravana rumo ao México, sem atenderem ao pedido das autoridades migratórias de esperar na fronteira com a Guatemala para que recebam um cartão por razões humanitárias, trâmite que está sendo cumprido por outras mil pessoas.
A caravana migrante, que saiu nesta semana da cidade de San Pedro Sula, em Honduras, passou na sexta-feira pela ponte que liga Tecún Uman, na Guatemala, com Ciudad Hidalgo, no estado mexicano de Chiapas.
A entrada desse novo grupo ao México aconteceu depois que os migrantes pressionaram as autoridades de fronteira, que acabaram autorizando a passagem sem incidentes de violência.
Trump deve fazer hoje um "grande anúncio" - conforme antecipou na sexta-feira - sobre a fronteira com o México, onde quer construir um muro, e a paralisação parcial do governo federal, que está prestes a completar um mês.
Desde 22 de dezembro, 25% das operações do governo federal dos EUA estão paralisadas devido à exigência de Trump de incluir recursos para a construção do muro no orçamento federal, uma proposta que se chocou frontalmente com a nova maioria democrata na Câmara dos Representantes.