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Trump convida presidente filipino para visita aos EUA

Trump também estaria ansioso para visitar as Filipinas, em novembro, para participar de uma cúpula da Ásia Oriental

Presidente Donald Trump (Yuri Gripas/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de abril de 2017 às 13h01.

Manila - O presidente norte-americano Donald Trump telefonou ao líder filipino Rodrigo Duterte e expressou o compromisso de Washington com a aliança entre os dois países e seu interesse em desenvolver "uma calorosa relação de trabalho", informou o porta-voz presidencial filipino Ernie Abella.

De acordo com ele, Trump disse que estava ansioso para visitar as Filipinas, em novembro, para participar de uma cúpula da Ásia Oriental que o país vai sediar, com a esperada presença de diversos líderes mundiais. Trump também convidou Duterte a visitar a Casa Branca.

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"A conversa entre os presidentes foi calorosa, com o presidente Trump expressando sua compreensão e apreciação dos desafios enfrentados pelo presidente filipino, especialmente sobre a questão das drogas perigosas", disse Abella em comunicado.

Já uma declaração da Casa Branca descreveu o telefonema como "muito amistoso" e informou que a aliança EUA-Filipinas "está agora indo em uma direção muito positiva".

As observações de Abella refletem a atitude mais amigável que Duterte tomou com Trump, em relação à postura antagônica que ele tinha com o presidente Barack Obama, a quem ele disse para "ir para o inferno" por criticar a firme repressão do líder filipino às drogas. Durante os meses finais de Obama no cargo, o presidente filipino buscou construir laços econômicos mais próximos com a China e a Rússia, enquanto repetidamente ameaçava encerrar a aliança militar de longa data de sua nação com os EUA.

A aparente antipatia de Duterte por Obama começou quando o Departamento de Estado dos EUA expressou preocupação com a guerra às drogas nas Filipinas, que deixou milhares de suspeitos mortos, e pediu às autoridades filipinas que tomassem medidas para acabar com execuções extrajudiciais. O presidente asiático voltou atrás na maioria dessas ameaças, mas continuou seus esforços para se aproximar mais da China.

Neste domingo, três navios da Marinha chinesa foram recebidos na cidade de Davao, cidade natal de Duterte, por oficiais, incluindo a filha presidencial e prefeita da cidade, Sarah Duterte. Questionado se a rara visita naval chinesa era um sinal de que Duterte estava se afastando de Washington, o porta-voz do Departamento de Defesa Nacional, Arsenio Andolong, disse: "Não estamos nos afastando dos Estados Unidos, mas estamos ampliando nossas relações com os países na comunidade global".

Coreia

Abella disse que a preocupação com a Coreia do Norte também surgiu na conversa de Trump com Duterte, mas ele não deu detalhes.

Neste sábado, o presidente filipino sugeriu, durante uma coletiva de imprensa, que o governo Trump deveria evitar um impasse intensificado com a Coreia do Norte, de maneira a evitar a possibilidade de uma ação nuclear que poderia sufocar a Ásia. "Seria bom para a América limitar-se um pouco e, se eu fosse o presidente Trump, apenas voltaria atrás, não em rendição e retirada, mas apenas para deixar o cara perceber que 'por favor, não faça isso'."

Para Duterte, Washington não deveria entrar em provocações do líder norte-coreano Kim Jong Un. "Cabe à América, que segura o graveto maior, ser realmente prudente e paciente. Sabemos que estamos lidando com alguém que gosta de soltar seus mísseis e tudo mais", disse Duterte.

Fonte: Associated Press

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