Trump confirma Pruitt no comando da agência ambiental dos EUA
Escolha do presidente eleito irritou ativistas ambientais e foi aplaudida pela indústria do petróleo
Reuters
Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 11h59.
Última atualização em 8 de dezembro de 2016 às 12h00.
Washington - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , irá nomear o procurador-geral de Oklahoma, Scott Pruitt, crítico da regulação ambiental federal dos EUA, para comandar a Agência de Proteção Ambiental, informou nesta quinta-feira a equipe de transição do republicano.
A escolha, que irritou ativistas ambientais e foi aplaudida pela indústria do petróleo, assinala os planos de Trump para avançar com sua promessa de reduzir a regulação e liberar a perfuração de poços de petróleo e a exploração de carvão, em um possível retrocesso à agenda ambiental do presidente Barack Obama.
"Por muito tempo, a Agência de Proteção Ambiental gastou dólares dos contribuintes em uma agenda antienergia fora de controle que destruiu milhões de empregos, enquanto também minimizou nossos incríveis fazendeiros e muitos outros negócios e indústrias em cada turno", disse Trump, segundo comunicado de sua equipe de transição.
Pruitt é um feroz oponente às medidas de Obama para combate às mudanças climáticas e ajudou a liderar um esforço legal de alguns Estados para descartar um artigo integral da estratégia de Obama para mudança climática que requer que Estados contenham a emissão de carbono.
Desde que se tornou em 2011 o procurador principal de Oklahoma, Estado produtor de petróleo e gás, Pruitt, de 48 anos, iniciou diversos processos legais contra as regulações feitas pela agência que agora irá liderar, abrindo ações judiciais para bloquear medidas federais para redução de fumaça e contenção de emissões tóxicas de usinas de energia.
"O povo norte-americano está cansado de ver bilhões de dólares drenados de nossa economia por regulações desnecessárias, e pretendo comandar esta agência de maneira a promover a proteção responsável do meio ambiente e liberdade dos negócios norte-americanos", disse Pruitt, segundo o comunicado.