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Trump anuncia como secretário de Defesa interino atual "número 2" da pasta

General James Mattis sairá antes do que estava previsto; segundo o NYT, motivo é irritação de Trump com sua carta de renúncia

O presidente americano Donald Trump em encontro com Patrick Shanahan em maio (Jonathan Ernst/Reuters)
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EFE

Publicado em 23 de dezembro de 2018 às 17h33.

Última atualização em 23 de dezembro de 2018 às 17h37.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , anunciou neste domingo que o general James Mattis deixará o posto de secretário de Defesa em 1 de janeiro de 2019 e que seu atual "número dois", Patrick Shanahan, passará a dirigir o Pentágono de maneira provisória.

"Estou encantado de anunciar que o nosso muito talentoso vice-secretário de Defesa, Patrick Shanahan, assumirá o título de secretário de Defesa interino a partir de 1 de janeiro de 2019. Patrick acumula uma grande lista de conquistas como vice-secretário e previamente na Boeing. Ele será genial!", disse Trump no Twitter.

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Shanahan, que assumiu o posto de vice-secretário de Defesa em julho de 2017, trabalhou durante anos para a multinacional americana Boeing.

Segundo o jornal "The New York Times", que cita funcionários da Administração, o líder se sente frustrado pela cobertura midiática dada à carta de renúncia de Mattis e, por isso, decidiu tirá-lo do cargo antes de 28 de fevereiro, data na qual tinha previsto deixar o Executivo.

Na sua carta de renúncia, Mattis fez uma ferrenha defesa do sistema de alianças dos EUA no mundo e opinou que os Estados Unidos devem "tratar seus aliados com respeito", assim como ser "resolvido e inequívoco" na forma como lida com seus competidores, entre os que mencionou China e Rússia.

Na noite de sábado, Trump utilizou o Twitter para opinar pela primeira vez sobre a carta. "Os aliados são muito importantes, mas não quando se aproveitam dos EUA"

A renúncia de Mattis aconteceu na quinta-feira, justo depois que a Casa Branca anunciou a retirada dos 2 mil soldados americanos desdobrados na Síria como parte de uma coalizão internacional e, também, a retirada de 7 mil dos 14 mil militares desdobrados no Afeganistão.

Depois da decisão de Mattis, aconteceu a demissão do enviado especial dos EUA para a coalizão contra o Estado Islâmico (EI), Brett McGurk.

McGurk tinha previsto deixar seu posto em fevereiro de 2019, mas na sexta-feira comunicou ao Departamento de Estado o desejo de acelerar a saída da Administração em protesto pela decisão da Casa Branca de recuar as tropas da Síria.

Dessa forma, Shanahan assumirá o posto de secretário de Defesa em um momento crítico para a estratégia dos EUA no Oriente Médio, região na qual outras potências, como a Rússia e a China, lutam pela hegemonia.

Shanahan assume o posto de forma provisória, já que o cargo de secretário de Defesa requer a confirmação do Senado. EFE

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