Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Carlo Allegri/Reuters)
EFE
Publicado em 25 de setembro de 2018 às 14h20.
Última atualização em 25 de setembro de 2018 às 14h51.
Nações Unidas - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu nesta terça-feira ao líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, por sua "coragem" no processo de diálogo, mas advertiu que "ainda há muito a fazer" e que as sanções americanas continuarão em vigor até que se consiga a desnuclearização.
"Eu gostaria agradecer ao líder Kim por sua coragem e pelos passos que está dando, mas ainda há muito a fazer. As sanções continuarão vigentes até que consigamos a desnuclearização", disse hoje Trump em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Trump também expressou sua gratidão "especial" aos presidentes de Coreia do Sul, Moon Jae-in, e China, Xi Jinping, a quem os EUA pediram que aumente a pressão sobre a Coreia do Norte, seu aliado regional, com o objetivo de levar Kim à mesa de negociações.
"Com o apoio de muitos países hoje aqui, nos comprometemos com a Coreia do Norte para substituir o espectro do conflito com um novo e audaz impulso pela paz", ressaltou.
Diante de líderes de todo o mundo, Trump destacou a importância de sua primeira cúpula com Kim, realizada em junho em Singapura, onde os dois líderes assinaram uma declaração que abre as portas para a desnuclearização da Coreia do Norte, embora não haja um prazo fixado.
"Em junho, viajei a Singapura para me encontrar frente a frente com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Tivemos conversas e encontros muito produtivos. Concordamos que era do interesse dos dois países conseguir a desnuclearização da península coreana", explicou.
"Desde esse encontro vimos uma série de medidas encorajadoras que poucos teriam imaginado até pouco tempo".
Nesse sentido, Trump mencionou o desmantelamento de algumas bases militares em território norte-coreano, a pausa nos testes de mísseis balísticos, a libertação em maio de três reféns americanos presos e a entrega dos restos mortais dos solados abatidos na Guerra da Coreia (1950-1953).
Trump não mencionou a segunda cúpula que seu Executivo planeja ter com Kim, um encontro que acontecerá em um "futuro não muito distante", segundo disse na segunda-feira o próprio líder americano.
O tom amigável do discurso de Trump em relação a Kim contrasta o da Assembleia Geral da ONU do ano passado, quando chamou o líder norte-coreano de "homem foguete" e alertou que estava "em uma missão suicida para ele e para seu regime".