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Trump acusa imprensa de frustrar tentativa de matar chefe do EI

O secretário de Defesa, Jim Mattis, disse na sexta-feira que acredita que Al-Baghdadi esteja vivo, após várias semanas de rumores

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: (REUTERS/Jim Bourg/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: (REUTERS/Jim Bourg/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de julho de 2017 às 14h40.

O presidente americano, Donald Trump, acusou neste sábado o jornal The New York Times de fracassar uma tentativa dos Estados Unidos de matar o líder do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi.

"O defeituoso New York Times frustrou a tentativa dos Estados Unidos de matar o terrorista mais procurado, Al-Baghdadi", tuitou Trump, observando um exemplo de "sua agenda doentia em matéria de Segurança Nacional", sem dar mais explicações.

Segundo os meios de comunicação americanos, o presidente parece fazer referência às declarações do general americano Tony Thomas na sexta-feira, quando afirmou que as forças especiais americanas estavam "particularmente perto" do chefe do EI em 2015, mas que perderam a pista depois de vazamentos à imprensa.

"Era uma boa pista. Lamentavelmente, foi divulgada em um grande jornal nacional mais ou menos uma semana depois, e essa pista se perdeu", declarou Thomas no Fórum de Segurança de Aspen, no Colorado.

O secretário de Defesa, Jim Mattis, disse na sexta-feira que acredita que Al-Baghdadi esteja vivo, após várias semanas de rumores que apontavam para sua morte.

O líder extremista, nascido no Iraque e pelo qual há uma recompensa no valor de 25 milhões de dólares, sempre foi discreto e se movimenta supostamente pelos territórios controlados pelo EI na Síria e no Iraque.

Ele não é visto em público desde 2014, quando se apresentou como "califa" na Grande Mesquita Al-Nuri de Mossul, destruída na batalha para recuperar o controle da segunda cidade mais importante do Iraque.

O New York Times publicou em junho de 2015 um artigo que falava que as forças americanas contavam com importantes quantidades de dados, detalhando a forma como o chefe do EI conseguia se manter invisível. O artigo abordava o uso pelos líderes extremistas de suas mulheres para trocas mensagens entre eles.

O jornal, alvo recorrente de Trump, exigiu neste sábado que a Casa Branca "esclarecesse o tuíte".

"Se o presidente faz referência a este artigo de 2015, o Pentágono não fez nenhuma objeção ao Times antes de publicá-lo e nenhum funcionário americano havia se queixado publicamente até agora", indicou o New York Times ao site Politico.

Em sua série de tuítes deste sábado, Trump também atacou o jornal Washington Post por seus "vazamentos ilegais".

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