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Tribunal chinês decide criar toque de celular para mau pagadores

O objetivo é que inadimplentes se sintam envergonhados e pressionados a pagar suas dívidas a cada vez que o celular tocar

Homem preocupado falando no celular: endividados ainda ouvirão que foram colocados em uma lista negra (Getty Images/Divulgação)

Homem preocupado falando no celular: endividados ainda ouvirão que foram colocados em uma lista negra (Getty Images/Divulgação)

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EFE

Publicado em 30 de julho de 2017 às 17h18.

Xangai (China), 30 jul (EFE).- Um tribunal da província de Jiangsu, no leste da China, determinou que os mau pagadores da região deverão usar um toque especial em seus celulares para que, cada vez que o aparelho receba uma chamada, eles se sintam envergonhados e pressionados a pagar suas dívidas.

A agência estatal "Xinhua" publicou neste domingo a particular sentença para fazer que quem seja mau pagador, apesar de ter sido condenado por um tribunal, sinta embaraço ao receber uma ligação.

O Tribunal Popular do Condado de Guanyun, em Jiangsu, se associou a uma operadora local para projetar um "tom especial" para os "laolai" locais, como são chamadas as pessoas endividadas.

Se alguém ligar para o devedor, o tom de chamada será modificado e a pessoa ouvirá a seguinte mensagem. "O assinante para quem você está ligando foi colocado em uma lista negra pelo Tribunal do Condado de Guanyun por não poder pagar suas dívidas. O Tribunal agradece por seu apoio".

Esse toque não poderá ser cancelado a menos que as pessoas paguem suas dívidas e será tocado em todos os números de telefone celular registrados no nome do mau pagador.

Wang Yong, um funcionário do tribunal, explicou que a medida "desonrará os devedores e os obrigará a sair de seus esconderijos".

"Lembraremos familiares e amigos do devedor de sua falta de credibilidade para evitar que eles sejam enganados", afirmou.

Guanyun não é o única região da China a adotar políticas desse tipo. Nas cidades de Huangshi, na província de Hubei, e de Dengfeng, na província de Henan, medidas similares foram tomadas recentemente. EFE

pem/lvl

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