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Tribunal autoriza julgamento sem presença de Chirac

Chirac, que fará 79 anos em novembro, é o primeiro ex-chefe de Estado francês julgado por um Tribunal Correcional

Julgamento de Chirac foi adiado em março até a próxima segunda-feira por motivos formais (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2011 às 23h50.

Paris - O tribunal correcional de Paris dispensou nesta segunda-feira a presença do ex-presidente francês Jacques Chirac, de 78 anos, no seu julgamento por suposta corrupção.

Neste primeiro dia de julgamento, a corte deferiu a solicitação expressa em uma carta enviada pelo próprio Chirac na sexta-feira.

Na carta, acompanhada de um atestado médico, o ex-presidente pedia para ser representado por seus advogados no processo, que deve prosseguir até 23 de setembro, pois "não tem mais plena capacidade" de participar das audiências.

"Não se exigirá que compareça pessoalmente", disse o presidente do tribunal, juiz Dominique Pauthe.

De acordo com o magistrado, o atestado médico atribui a Chirac "distúrbios severos de memória" e "importantes erros de julgamento e raciocínio".

Após o início da audiência, na segunda-feira, Jean Veil, um dos advogados de defesa do ex-presidente pediu ao tribunal que lhes permita representá-lo no julgamento "pois hoje em dia não está em situação de se lembrar de fatos ocorridos há mais de 20 anos". A promotoria apoiou o pedido dos advogados.

Ele "não tem mais memória", afirmou seu genro, Frédéric Salat-Baroux.

Chirac, que fará 79 anos em novembro, é o primeiro ex-chefe de Estado francês julgado por um Tribunal Correcional.


O tribunal deve julgar por três semanas o ex-presidente (1995-2007), acusado de "malversação, abuso de confiança e posse ilícita" por ter criado 30 empregos fantasmas quando era prefeito de Paris (1977-1995) para membros de seu partido RPR (União para a República), antecessor da União por um Movimento Popular (UMP, direita), de Nicolas Sarkozy.

Estes empregos fantasmas teriam servido para reforçar suas ambições políticas.

Na sala do tribunal, repleta esta segunda-feira, estavam presentes outros nove acusados.

O alcance judicial deste caso foi reduzido depois que, no fim de 2010, a prefeitura de Paris retirou as acusações sobre 21 empregos fictícios em troca de uma indenização de 2,2 milhões de euros, dos quais quase a metade foi paga pelo UMP de Sarkozy.

Nos últimos dias, vários jornais franceses publicaram fotos do ex-presidente, que durante 40 anos foi um símbolo da direita francesa, caminhando com uma das mãos apoiadas no ombro de seu guarda-costas.

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Paris - O tribunal correcional de Paris dispensou nesta segunda-feira a presença do ex-presidente francês Jacques Chirac, de 78 anos, no seu julgamento por suposta corrupção.

Neste primeiro dia de julgamento, a corte deferiu a solicitação expressa em uma carta enviada pelo próprio Chirac na sexta-feira.

Na carta, acompanhada de um atestado médico, o ex-presidente pedia para ser representado por seus advogados no processo, que deve prosseguir até 23 de setembro, pois "não tem mais plena capacidade" de participar das audiências.

"Não se exigirá que compareça pessoalmente", disse o presidente do tribunal, juiz Dominique Pauthe.

De acordo com o magistrado, o atestado médico atribui a Chirac "distúrbios severos de memória" e "importantes erros de julgamento e raciocínio".

Após o início da audiência, na segunda-feira, Jean Veil, um dos advogados de defesa do ex-presidente pediu ao tribunal que lhes permita representá-lo no julgamento "pois hoje em dia não está em situação de se lembrar de fatos ocorridos há mais de 20 anos". A promotoria apoiou o pedido dos advogados.

Ele "não tem mais memória", afirmou seu genro, Frédéric Salat-Baroux.

Chirac, que fará 79 anos em novembro, é o primeiro ex-chefe de Estado francês julgado por um Tribunal Correcional.


O tribunal deve julgar por três semanas o ex-presidente (1995-2007), acusado de "malversação, abuso de confiança e posse ilícita" por ter criado 30 empregos fantasmas quando era prefeito de Paris (1977-1995) para membros de seu partido RPR (União para a República), antecessor da União por um Movimento Popular (UMP, direita), de Nicolas Sarkozy.

Estes empregos fantasmas teriam servido para reforçar suas ambições políticas.

Na sala do tribunal, repleta esta segunda-feira, estavam presentes outros nove acusados.

O alcance judicial deste caso foi reduzido depois que, no fim de 2010, a prefeitura de Paris retirou as acusações sobre 21 empregos fictícios em troca de uma indenização de 2,2 milhões de euros, dos quais quase a metade foi paga pelo UMP de Sarkozy.

Nos últimos dias, vários jornais franceses publicaram fotos do ex-presidente, que durante 40 anos foi um símbolo da direita francesa, caminhando com uma das mãos apoiadas no ombro de seu guarda-costas.

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