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Três grupos se unem na Irlanda do Norte para criar novo IRA

A nova organização, aponta o The Guardian, deverá unir forças para aumentar o número de ataques contra as forças de segurança e outros alvos britânicos na região

Soldado britânico na frente de uma pichação do IRA, em 1971 (John Minihan/Getty Images)

Soldado britânico na frente de uma pichação do IRA, em 1971 (John Minihan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2012 às 06h40.

Dublin - Três dos quatro grupos dissidentes do já inativo Exército Republicano Irlandês (IRA), opostos ao processo de paz na Irlanda do Norte, anunciaram nesta sexta-feira a formação de uma nova organização para prosseguir com a luta armada.

Em comunicado enviado hoje ao diário "The Guardian", a nova organização terrorista assinala que criou uma "estrutura unificada sob um só comando" para servir "como um Exército Republicano Irlandês".

O grupo armado se nutre principalmente de membros do IRA Autêntico, separado do IRA em 1997 e responsável um ano depois pelo atentado de Omagh - no qual morreram 29 pessoas -, enquanto ficou de fora o IRA Continuidade, o outro grande grupo dissidente.

A coalizão se completa com voluntários da Ação Republicana Contra as Drogas (RAAD), que opera na cidade de Derry, e de um grupo de facções republicanas independentes localizadas em Belfast e zonas rurais, conhecido como Óglaigh na hÉireann.

Segundo o "The Guardian", entre os três estão "várias centenas" de efetivos, incluídos membros do já inativo IRA em Derry.

A nova organização, aponta o diário, deverá unir forças para aumentar o número de ataques contra as forças de segurança e outros alvos britânicos na região.

"Nos últimos anos, o estabelecimento de uma Irlanda livre e independente sofreu contratempos devido ao fracasso da liderança do nacionalismo irlandês e à fratura interna do republicanismo", diz o comunicado.

Com essas palavras, o grupo faz referência às divisões criadas no movimento republicano desde que o antigo braço político do IRA, o Sinn Féin, decidiu abandonar as armas e perseguir seus objetivos por meios democráticos.

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