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Tráfico já não decide na economia da Bolívia, diz Morales

Segundo o presidente boliviano, a economia do país deixou de depender do dinheiro gerado pela comercialização de coca e cocaína

O presidente boliviano, Evo Morales (Wenderson Araujo/AFP)

O presidente boliviano, Evo Morales (Wenderson Araujo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2015 às 21h41.

La Paz - A economia da Bolívia deixou de depender do dinheiro gerado pela comercialização da coca e da cocaína, disse nesta segunda-feira o presidente Evo Morales, afirmando que o "narcotráfico já não decide" nas finanças do país.

"Eu escutava antes: o movimento coca-cocaína, o narcotráfico, contribuem com 14% do PIB e me surpreendia", lembrou Morales em um ato para comemorar a redução, em 11%, do plantio de coca no país em 2014, segundo o escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC).

Morales afirmou que "o narcotráfico era a base da economia do neoliberalismo", mas tudo mudou com o novo modelo econômico e o combate ao tráfico de drogas.

"Nosso representante das Nações Unidas nos disse que agora menos de 1% do PIB procede do cultivo de coca e da produção de derivados, como a cocaína. O narcotráfico já não decide em nossa economia".

O PIB boliviano era, em média, de 5 bilhões de dólares durante a década de 80, no auge da produção de droga, contra os 33 bilhões registrados em 2014, segundo dados oficiais.

Morales disse que seu governo trava uma luta frontal contra o narcotráfico e o cultivo de coca, mas sem a assistência financeira e a inteligência dos Estados Unidos, estimando que o combate ao tráfico de drogas com base no apoio militar americano não é a solução.

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