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Trabalho de identificação de vítimas de trem continua

Os legistas já identificaram 73 dos 80 corpos, sendo que os sete restantes terão que ser submetidos a exames de DNA

Flores em homenagem às vítimas do acidente são deixadas próximas ao local onde o trem descarrilou em Santiago de Compostela, na Espanha (REUTERS/Miguel Vidal)

Flores em homenagem às vítimas do acidente são deixadas próximas ao local onde o trem descarrilou em Santiago de Compostela, na Espanha (REUTERS/Miguel Vidal)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2013 às 09h51.

Santiago de Compostela - Peritos e especialistas em acidentes dão continuidade nesta sexta-feira a investigação sobre as causas do acidente de trem  da Renfe registrado nos arredores de Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha, enquanto os legistas finalizam a identificação das vítimas.

Concretamente, os legistas já identificaram 73 dos 80 corpos, sendo que os sete restantes terão que ser submetidos a exames de DNA.

Fontes do Tribunal Superior de Justiça da Galícia informaram que o reconhecimento através do DNA poderá demorar 'vários dias', dado que as mostras tomadas serão encaminhadas ao Instituto Anatômico Legista de Madri e a outro laboratório da Polícia Nacional.

As autoridades do México e da Colômbia reconheceram que possuem cidadãos entre as vítimas, assim como as embaixadas e governos de outros países - como EUA e Reino Unido - também anunciaram a presença entre feridos.

Aproximadamente 30 pessoas - entre elas quatro crianças - permanecem em estado crítico em diversos hospitais da região, embora os feridos passem de 100 no total.

Os trabalhos na curva em que o trem descarrilou se desenvolveram durante toda a noite e consistem na retirada do restante do comboio acidentado e na recuperação das vias.


Em relação às causas do acidente, as próprias declarações do condutor do trem após a tragédia apontam o excesso de velocidade como a principal suspeita, já que ele mesmo reconheceu que seguia a 190 km/h em uma área limitada a 80 km/h.

Os peritos recolheram material na zona da tragédia para ter mais dados sobre o ocorrido, incluindo o tacógrafo, que recolhe tanto a velocidade do comboio como as conversas de rádio entre o condutor e o posto de controle.

Um tribunal de Santiago de Compostela instrui o caso e, dentro de poucos dias, apresentará declarações aos tripulantes, passageiros e testemunhas para recopilar a informação técnica obtida pelos especialistas.

Por outra parte, a empresa que administra das linhas ferroviárias na Espanha (Adif) retomou hoje o tráfego da linha interrompida pelo acidente de trem.

Nesta manhã, os trens de linha convencional já circulavam por uma das vias afetadas pelo acidente, ocorrido nas proximidades da estação de Santiago de Compostela, enquanto a outra, para o serviço de alta velocidade, abrirá somente no sábado.

Neste segundo caso, os trens circularão com especiais precauções, já que as equipes ainda precisam retirar pelo menos um dos vagões do trem acidentado e outros aparatos usados nos trabalhos de recuperação iniciados posteriormente.

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