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Trabalhadores de Belo Monte aceitam proposta apresentada

Segundo o sindicato, a decisão de aceitar as propostas apresentadas pelo CCBM foi aprovada “praticamente pela unanimidade” dos cerca de 15 mil trabalhadores


	Caminhões trabalham em obra da barragem principal de Belo Monte: outra conquista dos trabalhadores foi o direito a um intervalo de final de ano, entre 23 de dezembro e 3 de janeiro
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Caminhões trabalham em obra da barragem principal de Belo Monte: outra conquista dos trabalhadores foi o direito a um intervalo de final de ano, entre 23 de dezembro e 3 de janeiro (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 15h32.

Brasília - Trabalhadores e o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) fecharam acordo coletivo de trabalho garantindo reajuste que, na faixa mais alta, de 11%, vai beneficiar 92% dos operários. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav), Roginel Gobbo, a negociação ainda reduziu para 90 dias o intervalo para visitas à família.

Segundo o sindicato, a decisão de aceitar as propostas apresentadas pelo CCBM foi aprovada “praticamente pela unanimidade” dos cerca de 15 mil trabalhadores que participaram das assembleias feitas nos três canteiros de obras (Belo Monte, Pimental e Canais e Diques), o que descarta qualquer possibilidade de greve nos canteiros da obra. O acordo foi definido ontem (29).

Conforme o acordo, o ajuste terá duas faixas. “Quem tem salários de até R$ 5 mil, incluindo os encarregados, que são aqueles que tomam conta de turmas ou de áreas, terão reajuste de 11%. Isso corresponde a 92% de todos os contratados. Os demais, com salários mais altos [caso dos supervisores e gerentes] terão aumentos de 7%”, informou Gobbo à Agência Brasil.

Já o auxílio-alimentação destinado a trabalhadores sem nível de chefia (90% do total) passou de R$ 110 para R$ 200. Os encarregados e os líderes, termos utilizados para funções intermediárias, passarão a receber R$ 175; e as demais funções de chefia receberão auxílio de R$ 150.


Um dos pontos mais valorizados do acordo envolve o intervalo entre os períodos de baixada, que são as folgas que os trabalhadores têm para visitar suas famílias nos estados de origem. O Sintrapav conseguiu reduzí-los de 180 para 90 dias, conforme pretendido, de forma a igualar com o tempo que já é concedido a trabalhadores de outros grandes empreendimentos da Região Norte.

“Esse benefício será concedido aos trabalhadores que já estão na obra. Para os novos contratados, só começará a valer após a conclusão do período de experiência”, disse Gobbo. Segundo ele, o sindicato pretende reduzir o período de experiência, dos atuais 90 para 75 dias.

Outra conquista dos trabalhadores foi o direito a um intervalo de final de ano, entre 23 de dezembro e 3 de janeiro. “Não tínhamos esse tipo de previsão. Além de criar esse recesso, o CCBM se comprometeu a fornecer as passagens rodoviárias”, explicou o sindicalista.

Aqueles que não quiserem o benefício poderão usar esses dias para zerar o banco de horas negativo ou ganhar horas extras. E quem mora em Altamira poderá receber horas extras com acréscimo de 60%. O Sintrapav acrescentou que conseguiu aumentar em 25% a participação de lucros e resultados (PLR). “Antes, quem cumpria as metas ganhava 20 horas por mês de PLR. Agora passará a ganhar 25”, disse.

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