Tóquio e Seul desafiam zona de defesa aérea chinesa
Japão e a Coreia do Sul anunciaram envio de aviões para a nova zona aérea de identificação decretada pela China, sem avisar previamente as autoridades chinesas
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 10h29.
Pequim - O Japão e a Coreia do Sul anunciaram nesta quinta-feira o envio de aviões para a nova zona aérea de identificação decretada pela China , sem avisar previamente as autoridades chinesas, após um voo idêntico realizado por bombardeiros americanos.
A frente unida de desafio acentuou a pressão sobre o regime comunista, e a sua própria imprensa destacou o risco de acumular críticas contra uma China pouco habituada à "guerra psicológica".
No sábado passado, o ministério chinês da Defesa proclamou de forma unilateral uma "zona aérea de identificação" sobre grande parte do Mar de China Oriental, entre Coreia do Sul e Taiwan, que inclui fundamentalmente um pequeno arquipélago controlado pelo Japão, as ilhas Senkaku, reivindicado por Pequim com o nome de Diaoyu.
Esta atitude provocou uma tempestade diplomática, com reações hostis de vários países da região Ásia-Pacífico, onde as ambições marítimas da China preocupam cada vez mais.
Segundo as novas regras estabelecidas por Pequim, qualquer aeronave que entrar na "zona de identificação" deve apresentar o plano de voo detalhado, mostrar claramente a nacionalidade e manter as comunicações por rádio para "responder de maneira rápida e apropriada aos pedidos de identificação" das autoridades chinesas, sob risco de intervenção das Forças Armadas.
Mas na quarta-feira, dois bombardeiros B-52 americanos sobrevoaram a zona de identificação, assim como um avião militar sul-coreano, sem que as autoridades chinesas fossem informadas.
Washington utilizou a missão dos B-52 para transmitir a mensagem de que não pretende ceder terreno a Pequim nesta região, onde pretende ampliar sua presença.
Nesta quinta-feira foi a vez de aviões da guarda costeira japonesa sobrevoarem, sem encontrar oposição, a "zona aérea de identificação" (ZAI).
"Nós não alteramos nossas operações normais de patrulha na região e não informamos (a China) sobre nossos planos de voo. Nós não encontramos nenhum caça chinês", disse o porta-voz da guarda costeira, Yasutaka Nonaka.
Segundo o jornal Asahi Shimbun, aviões militares das Forças de Autodefesa (SDF, nome oficial das Forças Armadas japonesas) também atravessaram, em uma data não especificada, a polêmica "ZAI" chinesa.
Depois de aceitar as exigências chinesas em um primeiro momento para garantir a segurança dos passageiros, as duas principais companhias aéreas japonesas, JAL e ANA, decidiram na quarta-feira não informar as autoridades de Pequim sobre os planos de voo.
Depois de informar que um de seus aviões sobrevoou na terça-feira a área de defesa decretada pela China, o governo da Coreia do Sul pediu a Pequim que revise a decisão.
Segundo um porta-voz militar sul-coreano, o voo aconteceu como parte de exercícios militares em torno de um recife submerso, cuja soberania é disputada por Pequim e Seul.
Os "jogos" perigosos no Mar da China Oriental preocupam visivelmente os Estados Unidos, principal aliado e produtor do Japão.
Os Estados Unidos destacaram que seu vice-presidente, Joe Biden, que irá a Pequim na próxima semana, como parte de sua viagem à Ásia, aproveitará a oportunidade para manifestar sua "preocupação" sobre o assunto.
Nesta quinta-feira, uma porta-voz da diplomacia chinesa, Qin Gang, pediu a Washington e Tóquio de "retificar seus erros no campo e pôr fim às acusações irresponsáveis contra a China".
Na China, a própria imprensa acusou o governo de demorar muito a responder ao "ato de desafio" de Washington com seus dois bombardeiros.
Os Estados Unidos adotaram um "comportamento diversionista", como parte de uma "guerra de opinião contra Pequim", afirmou o jornal Global Times .
A China "não foi capaz de oferecer em um período satisfatório uma resposta apropriada e temos sido inundados por uma quantidade exponencial de comentários negativos sobre a nova zona aérea", considerou o jornal ligado ao Partido Comunista.
"A China precisa reformar seu mecanismo de relações públicas para ganhar a batalha psicológica lançada por Washington e Tóquio", concluiu.
O governo da China anunciou na quarta-feira que efetuou uma vigilância constante do voo de dois bombardeiros americanos B-52, que entraram em sua polêmica nova zona de defesa aérea sem informar a Pequim.
"A situação é caótica devido à linha-dura de Tóquio, e a mensagem de Washington vai apenas reforçar a beligerância perigosa de Tóquio e suprimir o espaço para manobras diplomáticas", considerou por sua vez o China Daily, outro jornal oficial chinês.
Pequim - O Japão e a Coreia do Sul anunciaram nesta quinta-feira o envio de aviões para a nova zona aérea de identificação decretada pela China , sem avisar previamente as autoridades chinesas, após um voo idêntico realizado por bombardeiros americanos.
A frente unida de desafio acentuou a pressão sobre o regime comunista, e a sua própria imprensa destacou o risco de acumular críticas contra uma China pouco habituada à "guerra psicológica".
No sábado passado, o ministério chinês da Defesa proclamou de forma unilateral uma "zona aérea de identificação" sobre grande parte do Mar de China Oriental, entre Coreia do Sul e Taiwan, que inclui fundamentalmente um pequeno arquipélago controlado pelo Japão, as ilhas Senkaku, reivindicado por Pequim com o nome de Diaoyu.
Esta atitude provocou uma tempestade diplomática, com reações hostis de vários países da região Ásia-Pacífico, onde as ambições marítimas da China preocupam cada vez mais.
Segundo as novas regras estabelecidas por Pequim, qualquer aeronave que entrar na "zona de identificação" deve apresentar o plano de voo detalhado, mostrar claramente a nacionalidade e manter as comunicações por rádio para "responder de maneira rápida e apropriada aos pedidos de identificação" das autoridades chinesas, sob risco de intervenção das Forças Armadas.
Mas na quarta-feira, dois bombardeiros B-52 americanos sobrevoaram a zona de identificação, assim como um avião militar sul-coreano, sem que as autoridades chinesas fossem informadas.
Washington utilizou a missão dos B-52 para transmitir a mensagem de que não pretende ceder terreno a Pequim nesta região, onde pretende ampliar sua presença.
Nesta quinta-feira foi a vez de aviões da guarda costeira japonesa sobrevoarem, sem encontrar oposição, a "zona aérea de identificação" (ZAI).
"Nós não alteramos nossas operações normais de patrulha na região e não informamos (a China) sobre nossos planos de voo. Nós não encontramos nenhum caça chinês", disse o porta-voz da guarda costeira, Yasutaka Nonaka.
Segundo o jornal Asahi Shimbun, aviões militares das Forças de Autodefesa (SDF, nome oficial das Forças Armadas japonesas) também atravessaram, em uma data não especificada, a polêmica "ZAI" chinesa.
Depois de aceitar as exigências chinesas em um primeiro momento para garantir a segurança dos passageiros, as duas principais companhias aéreas japonesas, JAL e ANA, decidiram na quarta-feira não informar as autoridades de Pequim sobre os planos de voo.
Depois de informar que um de seus aviões sobrevoou na terça-feira a área de defesa decretada pela China, o governo da Coreia do Sul pediu a Pequim que revise a decisão.
Segundo um porta-voz militar sul-coreano, o voo aconteceu como parte de exercícios militares em torno de um recife submerso, cuja soberania é disputada por Pequim e Seul.
Os "jogos" perigosos no Mar da China Oriental preocupam visivelmente os Estados Unidos, principal aliado e produtor do Japão.
Os Estados Unidos destacaram que seu vice-presidente, Joe Biden, que irá a Pequim na próxima semana, como parte de sua viagem à Ásia, aproveitará a oportunidade para manifestar sua "preocupação" sobre o assunto.
Nesta quinta-feira, uma porta-voz da diplomacia chinesa, Qin Gang, pediu a Washington e Tóquio de "retificar seus erros no campo e pôr fim às acusações irresponsáveis contra a China".
Na China, a própria imprensa acusou o governo de demorar muito a responder ao "ato de desafio" de Washington com seus dois bombardeiros.
Os Estados Unidos adotaram um "comportamento diversionista", como parte de uma "guerra de opinião contra Pequim", afirmou o jornal Global Times .
A China "não foi capaz de oferecer em um período satisfatório uma resposta apropriada e temos sido inundados por uma quantidade exponencial de comentários negativos sobre a nova zona aérea", considerou o jornal ligado ao Partido Comunista.
"A China precisa reformar seu mecanismo de relações públicas para ganhar a batalha psicológica lançada por Washington e Tóquio", concluiu.
O governo da China anunciou na quarta-feira que efetuou uma vigilância constante do voo de dois bombardeiros americanos B-52, que entraram em sua polêmica nova zona de defesa aérea sem informar a Pequim.
"A situação é caótica devido à linha-dura de Tóquio, e a mensagem de Washington vai apenas reforçar a beligerância perigosa de Tóquio e suprimir o espaço para manobras diplomáticas", considerou por sua vez o China Daily, outro jornal oficial chinês.