BARACK OBAMA: presidente americano, que estará em Lima, pediu em Atenas cuidado com nacionalismos / Milos Bicanski/ Getty Images
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2016 às 06h11.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h24.
Nos próximos dias, Lima deve atrair os olhos do mundo, enquanto dezenas de líderes mundiais e empresários se reúnem na capital peruana para o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (APEC), que começa nesta quinta 17. Entre os palestrantes, há nomes como o do presidente americano Barack Obama, do presidente russo Vladimir Putin, do presidente chinês Xi Jinping e do presidente do Facebook Mark Zuckerberg.
O evento inclui ainda a reunião dos líderes dos 21 países-membros da APEC, que acontece anualmente desde 1993 para discutir estratégias e visões para o desenvolvimento da região, e uma reunião dos ministros do comércio e relações exteriores desses países.
As atenções, evidentemente, estarão em Obama, que, segundo um porta-voz do Kremlin, deve se reunir com Putin para discutir a guerra da Síria, e ainda tem a missão de oferecer alguma luz sobre as futuras políticas do presidente-eleito Donald Trump. Nessa quarta, em Atenas, Obama pediu que a comunidade global se proteja contra o aumento de nacionalismos.
Uma das maiores preocupações é o futuro do Tratado Transpacífico, o TTP, um acordo de livre comércio com a participação de 12 países da América e da Ásia – todos membros da APEC. Durante a campanha, Trump chegou a se referir ao tratado como um “desastre”. Na semana passada, o Congresso americano enterrou um eventual futuro do acordo ao estabelecer que ele não será votado antes da transição oficial de poder, no dia 20 de janeiro.
Quem tem a ganhar com a suspensão é a China, excluída do tratado. Segundo analistas, é a chance chinesa de ocupar um eventual vácuo de protagonismo proporcionado por Trump e assumir a dianteira nas negociações de um acordo transpacífico mais amplo.
Em uma declaração sobre os planos chineses para a APEC, o vice-ministro das Relações Exteriores da China, Li Baodong, disse que o país acredita ser a hora de “estabelecer um novo plano para responder às expectativas da indústria e sustentar o impulso para o rápido estabelecimento de uma área de livre comércio.” Encontro agitado à frente.