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Tiroteio na Filadélfia, nos EUA, deixa três mortos e 11 feridos

Biden pediu na quinta-feira ao Congresso que encontrasse uma maneira de proibir a venda de fuzis de assalto a indivíduos

Desde o tiroteio em uma escola em Uvalde, Texas, em 24 de maio, que deixou 21 mortos, houve mais de duas dúzias de incidentes com várias vítimas nos Estados Unidos (Mongkol Nitirojsakul / EyeEm/Getty Images)
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AFP

Publicado em 5 de junho de 2022 às 13h38.

Um novo tiroteio nos Estados Unidos deixou três mortos e 11 feridos quando homens armados abriram fogo, no sábado à noite, em uma rua movimentada na Filadélfia, informou a polícia.

Desde o tiroteio em uma escola em Uvalde, Texas, em 24 de maio, que deixou 21 mortos (19 crianças e duas professoras), houve mais de duas dúzias de incidentes com várias vítimas nos Estados Unidos, de acordo com o Gun Violence Archive.

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"Sabemos que catorze pessoas foram baleadas e levadas para hospitais", declarou o inspetor de polícia D.F. Pace. "Três dessas pessoas - dois homens e uma mulher - foram declarados mortos depois que chegaram aos hospitais com vários ferimentos de bala", acrescentou.

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Pace disse que os policiais no local "observaram vários atiradores ativos abrindo fogo contra as pessoas" na movimentada área de South Street, na Filadélfia.

Ele apontou que "inúmeros" agentes já se encontravam no local quando foram ouvidos os primeiros tiros. Pace sustentou que tal vigilância é comum naquela área nas noites de fim de semana de verão.

Um policial atirou em um dos atiradores, que largou a arma e fugiu, embora não esteja claro se ele foi atingido, acrescentou Pace. De acordo com a mídia local, não houve prisões. Pace disse que duas armas semiautomáticas e um pente de alta capacidade foram encontrados no local. A polícia revisará as imagens das câmeras de vigilância de lojas na área.

Uma testemunha, Joe Smith, de 23 anos, contou ao Philadelphia Inquirer que assim que ouviu os primeiros tiros, pensou imediatamente nos recentes tiroteios nos Estados Unidos.

Outra testemunha, Eric Walsh, descreveu ao Philadelphia Inquirer pessoas fugindo "com sangue respingado nos tênis e joelhos e cotovelos esfolados".

Segundo o jornal, outra pessoa foi baleada e morta não muito longe do local do tiroteio cerca de duas horas depois, mas a polícia disse que os dois incidentes não tinham relação.

Nos Estados Unidos, onde 393 milhões de armas – mais do que a população – estavam em circulação em 2020, a violência tende a aumentar no verão, segundo pesquisadores.

Além disso, ao longo dos anos, vários estados aliviaram as restrições à venda de armas.

O presidente Joe Biden pediu na quinta-feira ao Congresso que encontrasse uma maneira de proibir a venda de fuzis de assalto a indivíduos ou pelo menos aumentar a idade para comprá-los de 18 para 21 anos.

Ele chamou a relutância dos republicanos em limitar a venda de armas de "inconcebível" quando muitos lugares como escolas ou hospitais "se tornaram campos de extermínio, campos de batalha".

"Nas últimas duas décadas, mais crianças em idade escolar morreram por armas de fogo do que militares e policiais da ativa juntos. Pensem nisso", disse Biden em um discurso na Casa Branca.

Além do massacre em Uvalde, houve outros tiroteios. Em 14 de maio, um homem branco que se descreveu como "racista" e "antissemita" matou dez negros em um supermercado em Buffalo, na fronteira EUA-Canadá.

Dois dias depois, um homem, motivado pelo ódio a Taiwan e seu povo, segundo a polícia, matou uma pessoa e feriu cinco em uma igreja na Califórnia frequentada pela comunidade taiwanesa-americana.

Na quinta-feira, um tiroteio em um cemitério de Wisconsin deixou cinco feridos durante o enterro de um homem morto pela polícia no final de maio.

E no dia anterior, quatro pessoas morreram em um hospital de Tulsa, Oklahoma, quando um homem abriu fogo.

O agressor tinha como alvo o médico que operou suas costas e a quem ele culpou por suas dores, segundo a polícia.

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