Fita policial isola a Igreja Presbiteriana Geneva, em 15 de maio de 2022, em Laguna Woods, Califórnia (Mario Tama/Getty Images/AFP)
AFP
Publicado em 16 de maio de 2022 às 08h36.
Última atualização em 16 de maio de 2022 às 08h51.
Uma pessoa morreu e quatro ficaram gravemente feridas em um ataque a tiros no domingo em uma igreja perto de Los Angeles, Califórnia, um dia após um atirador matar 10 pessoas em um supermercado no estado de Nova York.
Todas as vítimas são de origem taiwanesa, afirmou nesta segunda-feira em Taipé o ministério das Relações Exteriores de Taiwan.
"O escritório de nossa representação em Los Angeles verificou imediatamente com a polícia local e outras autoridades que a pessoa morta e os cinco feridos são de origem taiwanesa", afirma um comunicado do ministério.
Os fiéis participavam em uma refeição após o culto matinal quando o atirador começou o ataque em uma igreja de Orange County, a 70 quilômetros de Los Angeles, segundo as autoridades.
As pessoas presentes conseguiram deter o agressor, "amarraram suas pernas com um cabo e retiraram pelo menos duas armas dele" antes que os policiais chegassem ao local para prendê-lo, disse o subcomandante do condado de Orange, Jeff Hallock.
"Esse grupo de fiéis mostrou heroísmo e coragem excepcionais", disse Hallock. "Eles certamente evitaram ferimentos e mortes adicionais".
Os investigadores ainda tentam determinar a motivação do ataque, disse o subcomandante, antes de informar que suposto agressor, que não ficou ferido, seria um adulto de origem asiática na casa dos 60 anos.
"Uma pessoa morreu no local", disse Hallock. "Outras quatro vítimas ficaram gravemente feridas e uma teve ferimentos leves. Todos adultos".
As autoridades disseram que receberam uma ligação de emergência da igreja presbiteriana Geneva às 13h26 (17h26 no horário de Brasília) de domingo.
O gabinete do governador da Califórnia, Gavin Newsom, afirmou que trabalha com as autoridades locais para monitorar a situação.
"Ninguém deveria ter medo de ir ao seu local de culto. Nossos pensamentos estão com as vítimas", tuitou a conta do governo estadual.
A congressista democrata Katie Porter, que representa o condado de Orange em Washington, descreveu o ataque como uma "notícia terrível e perturbadora, especialmente menos de um dia depois de um tiroteio em massa em Buffalo".
O tiroteio na Califórnia aconteceu depois que, no sábado, um homem branco de 18 anos abriu fogo e matou 10 pessoas e feriu outras três - quase todos afro-americanos - em um supermercado em Buffalo, Nova York, no que as autoridades chamaram de ataque racista.
Tiroteios em massa viraram algo frequente nos Estados Unidos, onde os esforços para regulamentar a posse de armas não conseguiram superar o poderoso lobby da indústria, mesmo após massacres.
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