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The Wall Street Journal propõe expulsão da Argentina do G20

Em um editorial, o jornal financeiro nova-iorquino sustenta que a expulsão seria a melhor forma de chamar a atenção de Kirchner

O jornal sustenta que a decisão da presidente "não faz sentido para a Argentina, levando em conta sua necessidade de capital estrangeiro para desenvolver reservas de petróleo e de gás são muito extensas" (Juan Mabromata/AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 08h57.

Redação Central - Os "países civilizados" do mundo deveriam expulsar a Argentina do Grupo dos Vinte ( G20 , bloco que reúne os países ricos e os principais emergentes) até que a presidente Cristina Kirchner se digne a "comportar-se como uma chefe de Estado de verdade, e não como uma pistoleira", publicou o "The Wall Street Journal".

Em um editorial contundente, o influente jornal financeiro nova-iorquino sustenta que a expulsão seria a melhor forma de chamar a sua atenção, já que "a senhora Kirchner não parece estar muito interessada em acatar qualquer tribunal internacional".

O jornal aprofunda ressaltando o quanto prejudicial para a Argentina resultaria a desapropriação da YPF da multinacional espanhola Repsol, já que esse comportamento vai "encorajar a fuga de capital".

A decisão da presidente "não faz sentido para a Argentina, levando em conta sua necessidade de capital estrangeiro para desenvolver reservas de petróleo e de gás são muito extensas".

A senhora de Kirchner está tentando salvar sua Presidência enquanto o modelo econômico que herdou de seu marido, o falecido Néstor Kirchner, perde fôlego.

O jornal lembra que ao assumir o cargo em 2003, após o fracasso da paridade entre o peso e o dólar, "Kirchner impôs controles sobre os preços, revogou contratos, renunciou o pagamento de dívidas, expropriou bens e afugentou os investidores estrangeiros".

Na recuperação econômica que se obteve depois, "o crescimento partiu de uma base reduzida e foi alimentado por uma taxa de câmbio para o peso que era artificialmente baixa e do maior protecionismo, dirigido a gerar demanda interna".

Ao mesmo tempo, a Argentina foi beneficiária das baixas taxas de juros ditadas pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), que deram lugar a um "boom nos preços das matérias-primas que representam grande parte do Produto Interno Bruto da Argentina".

"Agora - adverte o "Wall Street Journal" - o crash parece inevitável; a economia desacelera e as reservas internacionais fogem".

"Ao roubar a Repsol - argumenta - a senhora de Kirchner pretende aproveitar-se dos sentimentos nacionalistas" para apoderar-se das provisões de petróleo e os meios para alimentar "a máquina do clientelismo político".

No entanto, - sustenta o editorial - o que ela está fazendo é impulsionar a fuga de capital.

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Redação Central - Os "países civilizados" do mundo deveriam expulsar a Argentina do Grupo dos Vinte ( G20 , bloco que reúne os países ricos e os principais emergentes) até que a presidente Cristina Kirchner se digne a "comportar-se como uma chefe de Estado de verdade, e não como uma pistoleira", publicou o "The Wall Street Journal".

Em um editorial contundente, o influente jornal financeiro nova-iorquino sustenta que a expulsão seria a melhor forma de chamar a sua atenção, já que "a senhora Kirchner não parece estar muito interessada em acatar qualquer tribunal internacional".

O jornal aprofunda ressaltando o quanto prejudicial para a Argentina resultaria a desapropriação da YPF da multinacional espanhola Repsol, já que esse comportamento vai "encorajar a fuga de capital".

A decisão da presidente "não faz sentido para a Argentina, levando em conta sua necessidade de capital estrangeiro para desenvolver reservas de petróleo e de gás são muito extensas".

A senhora de Kirchner está tentando salvar sua Presidência enquanto o modelo econômico que herdou de seu marido, o falecido Néstor Kirchner, perde fôlego.

O jornal lembra que ao assumir o cargo em 2003, após o fracasso da paridade entre o peso e o dólar, "Kirchner impôs controles sobre os preços, revogou contratos, renunciou o pagamento de dívidas, expropriou bens e afugentou os investidores estrangeiros".

Na recuperação econômica que se obteve depois, "o crescimento partiu de uma base reduzida e foi alimentado por uma taxa de câmbio para o peso que era artificialmente baixa e do maior protecionismo, dirigido a gerar demanda interna".

Ao mesmo tempo, a Argentina foi beneficiária das baixas taxas de juros ditadas pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), que deram lugar a um "boom nos preços das matérias-primas que representam grande parte do Produto Interno Bruto da Argentina".

"Agora - adverte o "Wall Street Journal" - o crash parece inevitável; a economia desacelera e as reservas internacionais fogem".

"Ao roubar a Repsol - argumenta - a senhora de Kirchner pretende aproveitar-se dos sentimentos nacionalistas" para apoderar-se das provisões de petróleo e os meios para alimentar "a máquina do clientelismo político".

No entanto, - sustenta o editorial - o que ela está fazendo é impulsionar a fuga de capital.

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