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The Guardian elege estudante chilena como Personalidade do Ano

A líder estudantil chilena Camila Vallejo, de 23 anos, foi escolhida pelos leitores do jornal com 78% dos votos

Camila Vallejo foi uma das faces visíveis das mobilizações protagonizadas por estudantes e professores que eclodiram há sete meses no Chile  (©AFP / Claudio Santana)

Camila Vallejo foi uma das faces visíveis das mobilizações protagonizadas por estudantes e professores que eclodiram há sete meses no Chile (©AFP / Claudio Santana)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2011 às 14h38.

Londres - A líder estudantil chilena Camila Vallejo, de 23 anos, foi escolhida pelos leitores do jornal The Guardian como Personalidade do Ano 2011, anunciou nesta segunda-feira uma porta-voz do periódico.

A ex-presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile recebeu 78% dos votos em uma pesquisa destinada aos leitores do jornal. Camila superou personalidades relevantes, como o tunisiano Mohamed Bouazizi, que ateou fogo ao próprio corpo e, assim, deu origem à onda de revoluções democráticas no mundo árabe.

Depois de a revista americana Time ter nomeado a figura do 'manifestante' como personagem central do último ano, o jornal britânico pediu a seus leitores que propusessem alternativas a essa decisão.

Além de Camila, que recebeu a maior parte dos votos, e Bouazizi, escolhido por 14,9% dos participantes, também foi sugerido o nome de Tariq Jahan, pai de uma das vítimas dos distúrbios no Reino Unido, que fez um pedido público para a calma.

Outros destaques no jornal foram a líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi; a chanceler alemã, Angela Merkel; a população japonesa de Fukushima (região atingida pelo terremoto de março); e a ativista queniana Wangari Maathai, Prêmio Nobel da Paz, falecida neste ano.

Camila Vallejo, estudante de Geografia, foi uma das faces visíveis das mobilizações protagonizadas por estudantes e professores que eclodiram há sete meses no Chile para reivindicar mudanças nas políticas educacionais do país.

Os manifestantes exigem a gratuidade da educação pública e uma melhora da qualidade do ensino, assim como a proibição de lucros pelas universidades privadas.

Há duas semanas, Camila perdeu as eleições da Federação de Estudantes da Universidade do Chile nas quais buscava ser reeleita presidente e, desde então, ocupa a Vice-Presidência da organização. 

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