Exame Logo

Texas completa 500 execuções desde retorno da pena de morte

Mulher de 52 anos considerada culpada por homicídio foi declarada morta hoje por injeção letal, disse Departamento de Justiça

Foto de 29 de janeiro de 2013 mostra Kimberly McCarthy, que foi executada quarta-feira: execução chegou a ser suspensa diante da suspeita de discriminação racial em seleção do júri que a condenou (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2013 às 08h12.

Washington - O estado do Texas realizou sua execução de número 500, desde o restabelecimento da pena de morte nos Estados Unidos em 1976, informaram as autoridades.

Das 1.337 execuções em todo o país desde 1976, esse estado do sul dos EUA foi responsável por mais de um terço delas.

Hoje, Kimberly McCarthy, uma mulher negra de 52 anos, considerada culpada por homicídio e que passou 14 anos no corredor da morte do Texas, foi declarada morta por injeção letal às 18h37 (20h37 de Brasília), na prisão "Walls Unit", declarou um porta-voz do Departamento de Justiça do Texas, John Hurt.

A ex-dependente química Kimberly foi condenada à morte pelo assassinato de uma idosa, em 1997, durante um roubo no condado de Dallas.

A execução de Kimberly McCarthy chegou a ser suspensa no último minuto em duas ocasiões - no final de janeiro e no início de abril - diante da suspeita de discriminação racial durante a seleção do júri que a condenou. Os jurados eram brancos, em sua maioria.

A advogada de defesa, Maurie Levin, esgotou todas as apelações, até que a corte penal do Texas finalmente se negou a reexaminar o caso.


"Se houvesse um recurso possível, eu tentaria", disse a advogada, pouco antes da execução, lamentando que, "por razões de procedimento, os recursos não foram nunca examinados a fundo".

Do lado de fora do presídio da pequena cidade de Huntsville, cerca de 40 manifestantes a favor da abolição da pena de morte permaneciam reunidos debaixo de um calor sufocante, atrás da faixa amarela de isolamento colocadas pela polícia.

"Esse é um evento trágico", disse à AFP o professor da Universidade de Huntsville e militante abolicionista Dennis Longmire. "Mas a execução número 500 não deveria receber mais atenção do que a primeira, ou a 501", disse ele, na frente da prisão.

Kimberley McCarthy foi condenada à morte em novembro de 1998. A sentença foi anulada em uma apelação, mas confirmada em um segundo processo que aconteceu em novembro de 2002.

Trata-se da 17a execução nos Estados Unidos desde o início do ano, e a oitava no Texas.

McCarthy é a terceira mulher executada no país desde 1976, segundo o Centro de Informação sobre a Pena Capital (DPIC). A última mulher executada antes de McCarthy foi Teresa Lewis, em 23 de setembro de 2010, no estado da Virgínia (leste).

Texas, que retomou as execuções em 1982, após a suspensão de uma moratória imposta pela Suprema Corte de Justiça, executou três mulheres desde então. Outras oito esperam no corredor da morte.

Veja também

Washington - O estado do Texas realizou sua execução de número 500, desde o restabelecimento da pena de morte nos Estados Unidos em 1976, informaram as autoridades.

Das 1.337 execuções em todo o país desde 1976, esse estado do sul dos EUA foi responsável por mais de um terço delas.

Hoje, Kimberly McCarthy, uma mulher negra de 52 anos, considerada culpada por homicídio e que passou 14 anos no corredor da morte do Texas, foi declarada morta por injeção letal às 18h37 (20h37 de Brasília), na prisão "Walls Unit", declarou um porta-voz do Departamento de Justiça do Texas, John Hurt.

A ex-dependente química Kimberly foi condenada à morte pelo assassinato de uma idosa, em 1997, durante um roubo no condado de Dallas.

A execução de Kimberly McCarthy chegou a ser suspensa no último minuto em duas ocasiões - no final de janeiro e no início de abril - diante da suspeita de discriminação racial durante a seleção do júri que a condenou. Os jurados eram brancos, em sua maioria.

A advogada de defesa, Maurie Levin, esgotou todas as apelações, até que a corte penal do Texas finalmente se negou a reexaminar o caso.


"Se houvesse um recurso possível, eu tentaria", disse a advogada, pouco antes da execução, lamentando que, "por razões de procedimento, os recursos não foram nunca examinados a fundo".

Do lado de fora do presídio da pequena cidade de Huntsville, cerca de 40 manifestantes a favor da abolição da pena de morte permaneciam reunidos debaixo de um calor sufocante, atrás da faixa amarela de isolamento colocadas pela polícia.

"Esse é um evento trágico", disse à AFP o professor da Universidade de Huntsville e militante abolicionista Dennis Longmire. "Mas a execução número 500 não deveria receber mais atenção do que a primeira, ou a 501", disse ele, na frente da prisão.

Kimberley McCarthy foi condenada à morte em novembro de 1998. A sentença foi anulada em uma apelação, mas confirmada em um segundo processo que aconteceu em novembro de 2002.

Trata-se da 17a execução nos Estados Unidos desde o início do ano, e a oitava no Texas.

McCarthy é a terceira mulher executada no país desde 1976, segundo o Centro de Informação sobre a Pena Capital (DPIC). A última mulher executada antes de McCarthy foi Teresa Lewis, em 23 de setembro de 2010, no estado da Virgínia (leste).

Texas, que retomou as execuções em 1982, após a suspensão de uma moratória imposta pela Suprema Corte de Justiça, executou três mulheres desde então. Outras oito esperam no corredor da morte.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)JustiçaPaíses ricosPena de morte

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame