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"Terrorismo no Mali é uma ameaça à Europa", diz Merkel

O presidente da Costa do Marfil, Alassane Ouattara, pediu que todos os europeus apoiem a operação francesa no continente


	A chanceler alemã Angela Merkel: em território malinense, o Exército francês entrou em combate terrestre contra grupos islamitas nesta quarta-feira.
 (John Thys/AFP)

A chanceler alemã Angela Merkel: em território malinense, o Exército francês entrou em combate terrestre contra grupos islamitas nesta quarta-feira. (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 18h45.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou nesta quarta-feira que "o terrorismo no Mali é uma ameaça à Europa".

"A Alemanha considera que a situação na região faz parte de sua própria situação de segurança, já que é evidente que o terrorismo no Mali não é somente uma ameaça para a África, mas também para a Europa", declarou Angela Merkel em coletiva de imprensa em Berlim, ao lado do presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara.

Ouattara, que preside também a Comunidade Econômica dos Estados Africanos Ocidentais (Cedeao), pediu que todos os europeus apoiem a operação francesa no continente.

"Espero que esta situação seja apoiada por todos os europeus", declarou Ouattara. "Uma ação era urgente e eu felicito o presidente (francês François) Hollande, mas todos precisam se mobilizar", insistiu.

"Nós queremos acelerar o envio de tropas para ajudar as forças malinenses, mas também para ajudar a população e reforçar o processo político. A Cedeao fará sua parte", disse Ouattara.

Mais cedo, o ministro alemão da Defesa, Thomas de Maizière, anunciou que Berlim havia colocado à disposição da Cedeao dois aviões de transporte.


"Estamos preparados para transportar as tropas dos Estados membros da Cedeao para Bamako", declarou.

"O envio dos aviões poderá acontecer em breve", informou Maizière. Ele também enfatizou que o governo não precisa da aceitação do parlamento alemão para realizar tal operação.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, anunciou uma ajuda humanitária de um milhão de euros, destinada aos refugiados nos países vizinhos do Mali.

A Cedeao deve formar uma força de intervenção de 3.300 soldados para combater os islamitas que ocupam o norte do Mali, de acordo com uma resolução da ONU.

Em território malinense, o Exército francês entrou em combate terrestre contra grupos islamitas nesta quarta-feira.

As forças aéreas francesas já vem bombardeando o norte do país desde 11 de janeiro.

Mais de 800 soldados franceses se encontram no Mali, número que deverá chegar a 2.500.

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