Terremoto causa incêndios e interrompe produção no Japão
Sony, Toyota e Nissan estão entre as empresas que interromperam a produção devido ao tremor
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2011 às 20h19.
Tóquio - Grandes empresas japonesas, incluindo Toyota e Sony, foram forçadas a suspender sua produção em algumas fábricas após o forte terremoto seguido de tsunami que atingiu o país.
Mais de 1.000 pessoas devem ter morrido no terremoto de 8,9 graus de magnitude que atingiu o Japão nesta sexta-feira, causando ondas gigantes na costa do Pacífico, informou a agência Kyodo.
A refinaria Cosmo Oil Co., em Ichihara, prefeitura de Chiba, pegou fogo, o que causou uma forte explosão logo depois das 17h00 locais (05h00 de Brasília), e as chamas ainda estavam fortes na noite de sexta-feira, depois de cinco tanques de armazenamento de petróleo terem explodido, informou a companhia.
Uma forte explosão atingiu um complexo petroquímico no nordeste de Sendai, algumas horas depois do terremoto, informaram veículos da imprensa japonesa.
Imagens de televisão mostravam bolas gigantes de fogo rolando no céu noturno enquanto chamas rodeavam o complexo.
A Toyota, a maior montadora de automóveis do mundo, informou ter suspendido sua produção em quatro fábricas operadas por subsidiárias nas prefeituras de Miyagi, Iwate e na ilha de Hokkaido, nordeste do país.
A Nissan informou ter interrompido as operações em quatro fábricas, enquanto um pequeno incêndio atingiu uma planta localizada em Fukushima e Kawachi, afetadas pelo tsunami. Informaram que dois funcionários ficaram feridos.
A montadora afirmou ainda que as operações de fim de semana foram canceladas em quatro fábricas e que a data de retorno ao trabalho será decidida após "um estudo de toda a situação, incluindo fornecedores" no sábado.
A Sony Corp suspendeu a produção em seis fábricas da prefeitura de Miyagi, que foi fortemente afetada pelo terremoto, e a vizinha Fukushima, informou, adicionando que todos os funcionários foram retirados do local.
"Serão necessários muitos anos antes de o custo do desastre ser apagado", afirmou a consultoria britânica Capital Economics em um estudo.
Horas depois do terremoto ocorrer, funcionários do governo e do Banco do Japão informaram que farão o que for necessário para pagar pelo trabalho de reconstrução e para lidar com uma possível desaceleração econômica que deve se seguir ao desastre.