Bandeira da Coreia do Norte (Feng Li/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de setembro de 2017 às 08h58.
Pequim - Um terremoto atingiu a Coreia do Norte na tarde deste sábado (horário local), no mesmo local montanhoso do sexto teste nuclear do país no início deste mês, de acordo com agências de monitoramento de terremotos na China e na Coreia do Sul.
A agência chinesa relatou que o tremor de magnitude 3,4, que atingiu a região às 16h29 (horário de Pequim), foi o resultado de uma "explosão suspeita". A agência meteorológica da Coreia do Sul diferiu em sua avaliação inicial, dizendo que acreditava que o terremoto era natural.
Ambas as agências disseram que o terremoto atingiu o município de Kilju na província de North Hamkyung, onde a Coreia do Norte realizou testes nucleares.
Pyongyang fez testes com uma bomba de hidrogênio na região do tremor no dia 03 de setembro, que provocou um terremoto de magnitude 6,3. Outro tremor de magnitude 4,6 aconteceu um pouco depois, provavelmente como resultado de uma cratera aberta pelo teste, segundo autoridades chinesas.
Como os dois tremores anteriores, o terremoto do sábado atingiu a superfície, de acordo com a agência chinesa de monitoramento. A agência sul-coreana disse que não conseguiu determinar a profundidade do tremor.
A Coreia do Norte intensificou os lançamentos de mísseis e os testes nucleares em resposta à pressão internacional sobre o seu programa nuclear.
O terremoto de sábado ocorreu menos de 12 horas depois que a China disse que estava cortando as exportações de petróleo para a Coreia do Norte, de acordo com as novas sanções das Nações Unidas impostas em resposta ao teste nuclear deste mês. Também segue uma série de declarações ofensivas entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano Kim Jong Un.
Em um discurso à Assembleia Geral da ONU, Trump referiu-se a Kim como um "Homem Foguete", dizendo que o ditador norte-coreano estava em uma "missão suicida". Kim respondeu em um comunicado divulgado pela Agência Central de Notícias Central coreana, no qual ele chamou Trump de "mentalmente perturbado".