Mundo

Termina greve nas usinas de Santo Antônio e Jirau

Mesmo assim, policiais militares de Rondônia permanecem de prontidão para evitar novos tumultos

Os trabalhadores decidiram aceitar a proposta de concessão de reajuste de 7% para quem recebe até R$ 1,5 mil e de 5% para quem tem salário acima desse valor (Cristiano Mariz/EXAME.com)

Os trabalhadores decidiram aceitar a proposta de concessão de reajuste de 7% para quem recebe até R$ 1,5 mil e de 5% para quem tem salário acima desse valor (Cristiano Mariz/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2012 às 15h23.

Porto Velho - Terminou na manhã desta segunda-feira a greve dos trabalhadores nas usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, após diversas rodadas de negociações entre barrageiros e representantes dos consórcios construtores, intermediadas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Mesmo assim, 80 homens da Força Nacional de Segurança e 200 policiais militares de Rondônia permanecem de prontidão para evitar novos tumultos.

Em assembleias-gerais realizadas nos canteiros de obras das duas usinas no início da manhã, os trabalhadores decidiram aceitar a proposta apresentada na noite da última sexta-feira, de concessão de reajuste de 7% para quem recebe até R$ 1,5 mil e de 5% para quem tem salário acima desse valor. As empresas também se comprometeram em repor até o próximo dia 10 o dinheiro descontado dos grevistas.

O TRT considerou a greve ilegal e abusiva, e havia determinado há mais de uma semana a volta imediata dos grevistas ao trabalho. Também havia autorizado o desconto dos dias não trabalhados e também a demissão de funcionários que participaram da depredação de ônibus e de parte do alojamento e refeitório na Usina de Santo Antônio. Também foi determinada a prisão de quem impedisse colegas de ter acesso ao canteiro de obras.

O governo de Rondônia disponibilizou 200 policiais militares, incluindo o Comando de Operações Especiais (COE), grupo de elite da PM, para impedir novos conflitos. Acontece que isso prejudicaria o policiamento em Porto Velho, por isso também foi solicitado apoio da Força Nacional de Segurança para conter a situação nas usinas. A Hidrelétrica de Santo Antônio está localizada a 8 quilômetros da cidade e a Jirau a 100 quilômetros.

No final da última semana o governador em exercício, Airton Gurgacz (PDT), havia solicitado apoio às Forças Armadas para garantir a segurança nas usinas. Isso asseguraria acesso aos canteiros de obras de funcionários que não concordavam com o movimento, mas eram impedidos de trabalhar por um grupo de grevistas. Os conflitos ocorreram quando havia alguma tentativa de furar o bloqueio.

Segundo nota do TRT, o Consórcio Santo Antônio alegou que havia risco de sabotagem à geração de energia, que estava ocorrendo desde antes do início da greve. Também foi especificado o risco da falta de controle da vazão dos vertedouros, porque a elevação do nível do montante do reservatório geraria impacto imediato para as populações abaixo do empreendimento, com o alagamento de residências e desalojamento de milhares de famílias.

Acompanhe tudo sobre:Energia elétricaGrevesHidrelétricasReajustes de preçosRemuneraçãoRondôniaSalários

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal