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Telegrama do WikiLeaks confirma armas nucleares na Bélgica

Segundo o telegrama, o Grupo de Investigação e Informação sobre a Paz e a Segurança (GRIP), Kleine-Brogel abrigaria entre dez e 20 bombas nucleares táticas do tipo B-61


	Bélgica: várias organizações e especialistas falaram durante anos sobre a presença de armamento atômico americano no país, o que não foi confirmado nem desmentido oficialmente pelas autoridades belgas.
 (Getty Images)

Bélgica: várias organizações e especialistas falaram durante anos sobre a presença de armamento atômico americano no país, o que não foi confirmado nem desmentido oficialmente pelas autoridades belgas. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 22h08.

Bruxelas - Um telegrama assinado em 2009 pelo embaixador dos Estados Unidos na Bélgica e divulgado pelo Wikileaks confirma a presença de armas nucleares americanas na Bélgica, o que praticamente nunca foi admitido oficialmente, informou nesta terça-feira a agência "Belga".

O telegrama, enviado ao Departamento de Estado americano de sua embaixada em Bruxelas em 2009, pelo embaixador da época, Howard Gutman, fala abertamente das "armas nucleares estratégicas americanas estacionadas em (na base aérea de) Kleine-Brogel", informou também o jornal "Le Soir" em sua edição digital.

Várias organizações e especialistas falaram durante anos sobre a presença de armamento atômico americano nessas instalações,o que não foi confirmado nem desmentido oficialmente pelas autoridades belgas, seguindo a política habitual da Otan nesses casos.

Segundo o telegrama, o Grupo de Investigação e Informação sobre a Paz e a Segurança (GRIP), Kleine-Brogel abrigaria entre dez e 20 bombas nucleares táticas do tipo B-61.

A agência "Belga" lembra hoje que o governo do país só falou publicamente em uma ocasião da presença dessas armas atômicas na base, em 1988 e por boca do então ministro da Defesa Guy Coëme.

Segundo especialistas citados pelo veículo, os Estados Unidos manteriam ainda cerca de 240 bombas do mesmo tipo - que podem ser lançadas de aviões - em cinco países aliados (Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda e Turquia). 

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