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Talibã sequestra 25 viajantes e mata 5 policiais no Afeganistão

O presidente afegão, que tenta colocar fim a mais de 16 anos de conflito, ofereceu hoje aos talibãs seu reconhecimento como formação política

Talibã: o incidente ocorreu quando dezenas de insurgentes interceptaram vários carros e ônibus (Stringer/Getty Images)
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EFE

Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 11h13.

Cabul - Os talibãs sequestraram 25 viajantes e mataram cinco policiais, além de deixar outros seis feridos em uma estrada que une as províncias de Uruzgan e Kandahar, no sul do Afeganistão, informou nesta quarta-feira à Agência a Efe uma fonte oficial.

O porta-voz do governador de Uruzgan, Dost Muhammad Nayaab, declarou à Agência Efe que pelo menos 25 pessoas foram sequestradas pelos talibãs.

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Segundo explicou o porta-voz da polícia de Kandahar, Zia Durranai, o incidente ocorreu quando dezenas de insurgentes interceptaram vários carros e ônibus entre essas duas províncias afegãs na noite da terça-feira.

Entre os sequestrados estão vários policiais fora de serviço, explicou.

Cinco membros da polícia morreram e seis ficaram feridos por causa de um enfrentamento entre as forças de segurança de um posto de controle próximo e os talibãs, acrescentou.

Durranai apontou que os talibãs usavam uniformes militares para enganar os passageiros e as forças de segurança, e após capturar os sequestrados, os levaram "a uma localização desconhecida entre as províncias de Uruzgan e Kandahar".

A estrada transcorre por uma zona insegura da província de Uruzgan com presença dos talibãs, que controlam a maior parte da zona.

O presidente afegão, Ashraf Gani, ofereceu hoje aos talibãs seu reconhecimento como formação política como parte de uma proposta para abrir um processo de negociação com o objetivo de pôr fim a mais de 16 anos de conflito.

O anúncio de Gani acontece dois dias depois que a formação insurgente lançou uma proposta direta de diálogo aos Estados Unidos na primeira mensagem deste tipo que mandam abertamente após anos negando-se a conversar com o Governo afegão e Washington.

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