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Talibã reivindica autoria de atentado de 4 mortos e 113 feridos em Cabul

Desde o fim da missão da Otan em janeiro de 2015, o governo vem perdendo terreno para os talibãs e controla apenas 56% do país

Afeganistão: depois da primeira explosão com um carro-bomba, quatro terroristas-suicidas entraram no serviço de inteligência (Mohammad Ismail/Reuters)
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EFE

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 10h08.

Cabul - Os talibãs reivindicaram nesta terça-feira a autoria de um atentado com um carro-bomba cometido na noite de ontem que deixou pelo menos quatro mortos e 113 feridos em uma área residencial frequentada por estrangeiros no leste de Cabul, a capital do Afeganistão .

"Com base na informação inicial que temos, (no ataque) morreram dezenas de membros das forças invasoras estrangeiras e seus partidários afegãos", disse o porta-voz talibã Zabihullah Mujahid em comunicado difundido por e-mail, sem apresentar um número exatos de vítimas.

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Os talibãs assumiram a responsabilidade do atentado e informaram que, depois da primeira explosão com um carro-bomba na área de Green Village, quatro terroristas-suicidas entraram no complexo, ao qual o porta-voz insurgente se referiu como "o ninho" do serviço de inteligência, e lutaram durante várias horas contra forças estrangeiras e afegãs.

Mujahid assinalou que vários civis sofreram ferimentos "menores" nas casas próximas ao atentado devido aos estilhaços de vidros quebrados e às consequências da explosão, mas acrescentou que "os civis não eram o alvo" dos talibãs.

Por sua vez, o porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, cifrou o número de mortos no ataque em quatro e o de feridos em 113, e negou a versão dos talibãs sobre um enfrentamento com terroristas-suicidas após a explosão.

"Não houve nenhum ataque de terroristas-suicidas depois do atentado com bomba. Após a explosão, a área foi isolada por nossas forças de segurança ", garantiu o porta-voz, que acrescentou que "a situação na área é normal".

Cabul sofreu nos últimos meses vários ataques significativos contra diversos alvos, desde integrantes da minoria xiita até trabalhadores envolvidos nas eleições parlamentares de 20 de outubro, candidatos e eleitores.

O último deles aconteceu no fim de dezembro, quando um edifício governamental foi atacado e 48 pessoas morreram e 27 ficaram feridas nos combates das forças de segurança com os insurgentes para retomar o controle do recinto.

Desde o fim da missão de combate da Otan em janeiro de 2015, o governo afegão vem perdendo terreno para os talibãs e controla apenas 56% do país, segundo dados da Inspetor Geral Especial para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR, na sigla em inglês) do Congresso dos Estados Unidos.

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