Mundo

Talibã diz que é muito cedo para falar em retomada das negociações com EUA

Durante visita a base militar no Afeganistão, Trump afirmou que as negociações de paz com o Talibã seriam retomadas

Afeganistão: Trump anunciou na quinta que os talibãs "querem um acordo" (Tom Brenner/Reuters)

Afeganistão: Trump anunciou na quinta que os talibãs "querem um acordo" (Tom Brenner/Reuters)

A

AFP

Publicado em 29 de novembro de 2019 às 11h04.

Os talibãs advertiram nesta sexta-feira que é "muito cedo" para afirmar que as negociações diretas com Washington foram retomadas, um dia depois do presidente americano, Donald Trump, anunciar no Afeganistão o reinício do diálogo.

"É muito cedo para falar de uma retomada das negociações no momento. Vamos anunciar nossa reação oficial mais tarde", declarou à AFP em uma mensagem de WhatsApp o porta-voz oficial dos talibãs, Zabihullah Mujahid.

Trump anunciou na quinta-feira que os talibãs "querem um acordo".

"Estamos nos reunindo com eles, estamos dizendo a eles que deve haver um cessar-fogo" disse Trump à imprensa durante uma visita surpresa à base de Bagram, perto de Cabul, para celebrar o Dia de Ação de Graças com as tropas americanas.

A declaração do presidente dos Estados Unidos deu a entender que avanços foram registrados após sua decisão, em setembro, de suspender as negociações com os insurgentes, no momento em que Washington parecia estar próximo de alcançar um acordo que previa a retirada de soldados americanos do Afeganistão em troca de garantias de segurança.

Analistas esperavam que o acordo de princípio preparasse o caminho para um diálogo direto entre os talibãs e o governo de Cabul.

Mas Trump chamou o esforço de negociação, que durou anos, de "morto" e retirou seu convite aos insurgentes para uma reunião nos Estados Unidos depois que um soldado americano morreu em um ataque dos talibãs em Cabul.

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoEstados Unidos (EUA)Talibã

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua