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Tailândia aplica Lei de Segurança Interna contra protestos

Primeira-ministra da Tailândia anunciou que aplicará a Lei de Segurança Interna em cidades do país, para restabelecer a ordem alterada por grandes manifestações


	Homem com bandeira da Tailândia durante um protesto: lei de Segurança Interna, de 2008, permite o corte dos direitos e as liberdades civis
 (Paula Bronstein/Getty Images)

Homem com bandeira da Tailândia durante um protesto: lei de Segurança Interna, de 2008, permite o corte dos direitos e as liberdades civis (Paula Bronstein/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 13h52.

Bangcoc - A primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, anunciou nesta segunda-feira que aplicará a Lei de Segurança Interna em Bangcoc e várias províncias para restabelecer a ordem alterada pelas grandes manifestações antigovernamentais.

Yingluck acusou os manifestantes em mensagem retransmitida pela televisão nacional da invasão de várias agências do governo e a destruição de bens públicos em Bangcoc.

A Lei de Segurança Interna, de 2008, permite o corte dos direitos e as liberdades civis.

A primeira-ministra disse que os corpos de segurança cumprirão a lei, mas "sem empregar a força" e respeitarão os padrões internacionais.

A medida será aplicada em Bangcoc, na província de Nonthaburi e partes das de Samut Prakan e Pathum Thani.

Yingluck instou os líderes da mobilização antigovernamental, ex-deputados, que resolvam seus problemas no Parlamento e não nas ruas, e exigiu que os manifestantes respeitem a lei e não participem de reuniões ilegais.

O comparecimento da chefe do governo tailandês pela televisão aconteceu depois de dezenas de milhares de pessoas se manifestarem nesta segunda-feira em diferentes zonas de Bangcoc e terminassem de ocupar os ministérios de Relações Exteriores e de Finanças.

O ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, do Partido Democrata, de oposição, comanda esta mobilização, que começou há algumas semanas e ganhou força este fim de semana com a incorporação de grupos e organizações civis, e a manifestação de um milhão de pessoas no domingo em frente ao Monumento à Democracia, que se transformou no acampamento base na capital.

Segundo o exército, só conseguiu reunir 150 mil seguidores, e segundo a polícia, menos de cem mil.

Yingluck tem a seu favor a maioria parlamentar e o apoio nas ruas dos "camisas vermelhas", partidários que estão reunidos desde domingo no estádio nacional Rajamangala de Bangcoc, com capacidade para 49 mil pessoas.

A Tailândia arrasta uma grave crise política desde o cruel golpe militar de 2006, que derrubou o governo de Thaksin Shinawatra, irmão mais velho da atual primeira-ministra.

Suthep declarou que sua "cruzada" nas ruas de Bangcoc não é para ganhar o poder, mas para expulsar dele para sempre a Thaksin e seu grupo.

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