Tailândia anuncia que se juntará ao Brics como Estado associado em 1º de janeiro
Adesão reforça o compromisso da Tailândia com o multilateralismo e cooperação econômica global
Agência de Notícias
Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 17h34.
Última atualização em 30 de dezembro de 2024 às 17h42.
O governo da Tailândia anunciou nesta segunda-feira, 30, que se juntará ao grupo Brics de economias emergentes como um Estado associado a partir de 1º de janeiro de 2025. A informação foi divulgada após notificação da Rússia, atual presidente rotativa do bloco.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Tailândia afirmou que a decisão reflete o compromisso do país com o multilateralismo e a crescente cooperação com o grupo desde 2017.
“Esta associação oferece oportunidades significativas para fortalecer os laços com os Estados-membros do Brics, mercados emergentes e países em desenvolvimento com alto potencial de crescimento”, destacou o texto oficial.
Compromisso com mercados emergentes
As autoridades tailandesas confirmaram que continuarão trabalhando com o bloco sob a presidência do Brasil, que assumirá a liderança do Brics em 2024.
Na última cúpula, realizada em outubro em Kazan, na Rússia, foram registradas divergências sobre a expansão do grupo. Contudo, o comunicado final aprovou o status de Estado associado como forma de mitigar tensões entre os países candidatos.
Expansão do Brics e novos membros
Uma lista de países que poderiam ser incluídos nessa categoria chegou a ser divulgada. Entre os mencionados estavam Turquia, Indonésia, Nigéria, Argélia, Belarus, Cuba, Bolívia, Cazaquistão, Vietnã, Tailândia, Malásia, Uzbequistão e Uganda, mas nenhuma entrada foi oficialmente confirmada até o momento.
O Brics, atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu sua composição em 2024. Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia aderiram ao bloco, enquanto Arábia Saudita e Argentina decidiram recuar em suas intenções de entrada.
A entrada da Tailândia como Estado associado marca mais um passo para a diversificação e fortalecimento das relações entre países emergentes.