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Tachado de corrupto, Putin intensifica combate a corrupção

Putin ressaltou que a legislação russa anticorrupção responde aos padrões internacionais, mas os resultados não são de todo satisfatórios


	Vladimir Putin: ele destacou que mais de 8.800 funcionários foram processados nos primeiros nove meses de 2015 por corrupção
 (Mikhail Klimentyev / Reuters)

Vladimir Putin: ele destacou que mais de 8.800 funcionários foram processados nos primeiros nove meses de 2015 por corrupção (Mikhail Klimentyev / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 10h36.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, levantou a bandeira do combate a corrupção na Rússia após ser tachado de corrupto pelo subsecretário americano do Tesouro para questões de Terrorismo, Adam Szubin.

"Não se trata de conseguir hoje ou amanhã algum resultado destacado neste terreno. Certamente esta é uma tarefa complexa, inclusive difícil de conseguir. Mas se pararmos, será ainda pior. É preciso continuar avançando", afirmou Putin.

Durante uma reunião do conselho presidencial para a luta contra a corrupção, Putin ressaltou que a legislação russa anticorrupção responde aos padrões internacionais, mas os resultados não são de todo satisfatórios.

Ele destacou que mais de 8.800 funcionários foram processados nos primeiros nove meses de 2015 por corrupção, e outros 11 mil foram sancionados pelo mesmo motivo.

Entre outras medidas, Putin chamou a combater o problema crônico dos subornos e a aperfeiçoar o mecanismo de apreensão de ativos e propriedades adquiridas ilegalmente ou transferidas a outros países.

Szubin afirmou à emissora "BBC" que o chefe do Kremlin é um dirigente corrupto e que o governo americano sabe disso há "muitos anos".

"Vimos enriquecer com ativos estatais seus amigos, seus aliados próximos, e afastar quem não vê como amigo. Para meu isso é um panorama de corrupção", disse.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, negou hoje de maneira categórica essas acusações, que tachou de "pura invenção e calúnia, que não têm nenhum fundamento".

Ele acrescentou que o Kremlin está habituado a mentiras jornalísticas e ao sensacionalismo, e "o documentário da "BBC" seria um exemplo clássico de jornalismo irresponsável, se não fosse por conter um comentário oficial".

Em 2008 Putin tachou de "lixo" as informações de que era o homem mais rico da Europa, que diziam que ele teria amealhado uma fortuna estimada em mais de US$ 40 bilhões.

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