Funcionários da Cruz Vermelha em atuação contra o ebola em Uganda (Luke Dray/Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2022 às 16h20.
O surto de ebola que começou em Uganda em setembro aumentou nos últimos dias, segundo autoridades do país. Nesta segunda, dia 24, foram reportados mais nove casos na capital, Kampala, elevando o total para 14, de acordo com o Ministério da Saúde.
A eclosão da doença teve início em uma área rural na região central do país. Um morador do interior que contraiu o vírus causador da enfermidade e procurou tratamento na capital, segundo informações dos órgãos de saúde. O vírus ebola é considerado bastante transmissível -- a contaminação se dá pelos fluidos corporais e o sangue dos infectados. Ainda não há cura para a doença, que possui uma taxa de letalidade entre 50% e 60%. Entre os principais sintomas, estão febre alta, hemorragia, dores musculares.
Foram confirmados mais de 90 casos da doença em Uganda desde o início do surto, em setembro, com pelo menos 44 óbitos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMC) e o governo local. O vírus que está circulando em Uganda é de uma variante encontrada no Sudão, para a qual não há vacina.
Para conter a propagação do vírus, o presidente de Uganda, Yoweri Museveni, decretou um lockdown em dois bairros da capital nos quais a maioria dos portadores da doença foi identificada. Igrejas, academais, bares e restaurantes deverão permanecer fechados até o final deste mês.
“Dada a gravidade do problema e para evitar uma maior disseminação e proteger vidas e meios de subsistência, o governo está tomando medidas extras que exigem ação de todos nós”, disse Museveni em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV na última semana.
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