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Suposto atirador de Paris acusou jornalistas e banqueiros

O suspeito dos recentes ataques armados em Paris, detido ontem, acusou jornalistas e banqueiros de serem cúmplices de um complô para estabelecer o fascismo

Imagem de suspeito por tiroteio em Paris: detido havia passado uma temporada em prisões francesas (Prefecture de Police/Handout via Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 10h00.

Paris - O suspeito dos recentes ataques armados em Paris , detido ontem perto da capital francesa, acusou em uma carta jornalistas e banqueiros de serem cúmplices de um complô para estabelecer o fascismo, informou nesta quinta-feira o procurador-geral, François Molins.

Abdelhakim Dekhar, suspeito de ter protagonizado tiroteios contra a imprensa e o banco Société Générale nos últimos dias, é investigado por "tentativas de assassinato" e de "sequestro", contou o procurador.

Molins detalhou que, por já ter sido condenado por crimes há 15 anos, Dekhar é "reincidente". O procurador acrescentou que o homem vivia no Reino Unido, mas passava temporadas frequentes na França .

Na carta, segundo o procurador, Dekhar fala "de forma confusa sobre um complô fascista" e acusa os veículos de comunicação de "participar da manipulação de massas" e os jornalistas de "serem pagos para fazerem os cidadãos engolirem mentiras".

Além disso, Dekhar critica o capitalismo e a gestão dos bairros periféricos das grandes cidades, que define como "empresa de desumanização da população que o grande capital não quer".

Moulins lembrou que já durante sua detenção em 1994, no perfil psicológico de Dekhar aparecia "um discurso rico e com floreios e tendência a criar fábulas".

O procurador reconheceu que a detenção foi possível pelo depoimento de um amigo que hospedou o criminoso quando ia par Paris e que o reconheceu nas imagens divulgadas pela polícia.


Dekhar, de 49 anos, é considerado responsável pelas ameaças feitas com uma arma na sexta-feira passada na sede da emissora de TV "BFM" e do tiroteio da segunda-feira seguinte na redação do jornal "Libération", onde um fotógrafo ficou gravemente ferido, e o ataque ao banco Société Générale do bairro financeiro da Defense.

Durante a fuga, Dekhar ainda fez um sequestro-relâmpago armado de um motorista, que obrigou a levá-lo até o centro de Paris.

O homem foi detido semi-inconsciente pelo uso de tranquilizantes e sedativos e em posse de uma carta na qual expressava seus últimos desejos.

Segundo o fiscal, o detido se encontra em um hospital da região parisiense sob vigilância médica, recuperou a consciência e nas próximas horas será interrogado pelos investigadores.

A arma que o criminoso usou, assim como a roupa que usava e que aparece nas imagens de das câmeras de segurança não foram encontradas.

O DNA de Dekhar, no entanto, correspondia ao encontrado nos locais dos ataques e as ameaças, assim como no carro do sequestrado.

O detido havia passado uma temporada em prisões francesas condenado por cumplicidade em tiroteios realizados por dois jovens anarquistas em 1994, quando morreram três policiais, um taxista e um dos assassinos.

Segundo a imprensa local, Dekhar frequentava na época espaços de ideologia anarquista, o que corresponde à carta entregue por seu amigo aos investigadores e escrita, aparentemente, pelo suspeito.

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Paris - O suspeito dos recentes ataques armados em Paris , detido ontem perto da capital francesa, acusou em uma carta jornalistas e banqueiros de serem cúmplices de um complô para estabelecer o fascismo, informou nesta quinta-feira o procurador-geral, François Molins.

Abdelhakim Dekhar, suspeito de ter protagonizado tiroteios contra a imprensa e o banco Société Générale nos últimos dias, é investigado por "tentativas de assassinato" e de "sequestro", contou o procurador.

Molins detalhou que, por já ter sido condenado por crimes há 15 anos, Dekhar é "reincidente". O procurador acrescentou que o homem vivia no Reino Unido, mas passava temporadas frequentes na França .

Na carta, segundo o procurador, Dekhar fala "de forma confusa sobre um complô fascista" e acusa os veículos de comunicação de "participar da manipulação de massas" e os jornalistas de "serem pagos para fazerem os cidadãos engolirem mentiras".

Além disso, Dekhar critica o capitalismo e a gestão dos bairros periféricos das grandes cidades, que define como "empresa de desumanização da população que o grande capital não quer".

Moulins lembrou que já durante sua detenção em 1994, no perfil psicológico de Dekhar aparecia "um discurso rico e com floreios e tendência a criar fábulas".

O procurador reconheceu que a detenção foi possível pelo depoimento de um amigo que hospedou o criminoso quando ia par Paris e que o reconheceu nas imagens divulgadas pela polícia.


Dekhar, de 49 anos, é considerado responsável pelas ameaças feitas com uma arma na sexta-feira passada na sede da emissora de TV "BFM" e do tiroteio da segunda-feira seguinte na redação do jornal "Libération", onde um fotógrafo ficou gravemente ferido, e o ataque ao banco Société Générale do bairro financeiro da Defense.

Durante a fuga, Dekhar ainda fez um sequestro-relâmpago armado de um motorista, que obrigou a levá-lo até o centro de Paris.

O homem foi detido semi-inconsciente pelo uso de tranquilizantes e sedativos e em posse de uma carta na qual expressava seus últimos desejos.

Segundo o fiscal, o detido se encontra em um hospital da região parisiense sob vigilância médica, recuperou a consciência e nas próximas horas será interrogado pelos investigadores.

A arma que o criminoso usou, assim como a roupa que usava e que aparece nas imagens de das câmeras de segurança não foram encontradas.

O DNA de Dekhar, no entanto, correspondia ao encontrado nos locais dos ataques e as ameaças, assim como no carro do sequestrado.

O detido havia passado uma temporada em prisões francesas condenado por cumplicidade em tiroteios realizados por dois jovens anarquistas em 1994, quando morreram três policiais, um taxista e um dos assassinos.

Segundo a imprensa local, Dekhar frequentava na época espaços de ideologia anarquista, o que corresponde à carta entregue por seu amigo aos investigadores e escrita, aparentemente, pelo suspeito.

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