Tensão entre as Coreias pode aumentar se o Sul realizar exercício militar no próximo Domingo
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2010 às 10h46.
Yeonpyeong, Coréia do Sul - Os fuzileiros navais da Coréia do Sul estavam prontos para realizar treinamentos com munição de verdade perto da Costa Oeste do país apesar da ameaça da Coréia do Norte de lançar um novo ataque e do pedido de Pequim por calma.</p>
O governador do Novo México nos Estados Unidos, Bill Richardson, que também é um conhecido mediador, disse que a situação era uma "caixinha de surpresas" e pediu ao Norte para permitir que o Sul realize seu exercício.
Analistas duvidam que o Norte cumprirá sua ameaça, anunciada na sexta-feira. Enquanto isso, o Sul prometeu retaliar qualquer ataque do Norte.
Os militares disseram que o exercício, planejado para os dias 18 a 21 de dezembro, aconteceria numa pequena ilha a 80 quilômetros da costa, onde houve um bombardeio de artilharia da Coréia do Norte.
"Não vamos fazer nenhum anúncio do nosso plano. Apenas repórteres na ilha saberão com duas ou três horas de antecedência", disse um oficial dos fuzileiros navais sob a condição de anonimato. Ventos fortes e neblina podem adiar o treino para o domingo, disse a agência de notícias Yonhap.
Na sexta-feira a Coréia do Norte disse que atacaria com uma força maior do que a que usou para atacar Yeonpyeong, sobre a qual ela lançou 170 rodadas de artilharia, matando quatro pessoas, enquanto a Coréia do Sul respondeu com 80 rodadas de artilharia.
No sábado, a imprensa do Norte lançou um novo ataque sobre a decisão do Sul de colaborar com os Estados Unidos nos exercícios e retaliar se houver outro bombardeio. Ela sugeriu que essa decisão pode começar um conflito nuclear.
"É uma decisão suicida, como se eles estivessem cavando sua própria cova", disse o jornal oficial norte-coreano Minju Joson.
A China, principal aliado do Norte, renovou no sábado seu pedido de calma, dizendo que qualquer confronto entre os dois países pode desestabilizar a região.
"A situação na península coreana é agora particularmente complexa e sensível e a China está muito preocupada", disse a porta-voz do ministro das relações exteriores chinês Jiang Yu.
"A China se opõe resolutamente e sem ambiguidade a qualquer ação que possa levar à deterioração e à escalada da situação e acabar com a paz e a estabilidade regional."