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Suécia premia afegã contrária à burca

Sima Samar se tornou a primeira ministra dos Direitos da Mulher na história do Afeganistão, mas teve que se demitir após criticar o uso da burca


	Sima Samar: de 2005 a 2009, ela foi relatora especial da ONU para os direitos humanos no Sudão
 (Craig Barritt/Getty Images/AFP)

Sima Samar: de 2005 a 2009, ela foi relatora especial da ONU para os direitos humanos no Sudão (Craig Barritt/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 13h11.

Estocolmo - O prêmio Right Livelihood, concedido pela Suécia às pessoas que melhoram as condições de vida, recompensou nesta quinta-feira a afegã Sima Samar, ativista dos direitos humanos, ex-ministra e inimiga declarada da burca.

Samar, de 55 anos, foi recompensada "por sua dedicação corajosa e incansável à causa dos direitos humanos, particularmente os direitos da mulher, em uma das regiões mais complexas e perigosas do mundo", explica o júri em um comunicado.

Médica, Samar se exilou no Paquistão em 1984 e retornou ao Afeganistão em 2001 para ser a primeira ministra dos Direitos da Mulher na história do país. No entanto, se viu obrigada a pedir demissão seis meses depois por ter criticado a sharia em uma entrevista a um jornal canadense.

A ativista foi então nomeada presidente da Comissão Independente dos Direitos Humanos em 2002. De 2005 a 2009 foi relatora especial da ONU para os direitos humanos no Sudão.

Samar divide o prêmio Right Livelihood 2012 com "o principal especialista do mundo na revolução não violenta", o cientista político americano Gene Sharp, de 84 anos, e com uma associação de combate à exportação de armas, a Campaign Against Arms Trade.

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