Assange: ele é reclamado pela Justiça da Suécia devido às denúncias de duas mulheres por supostas agressões sexuais, as quais ele negou reiteradamente (Miguel Medina/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2012 às 09h15.
Berlim - A Justiça sueca não extraditará o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, aos Estados Unidos se houver qualquer possibilidade de o ativista australiano ser condenado à pena de morte por revelar segredos de Estado.
"Nunca entregaremos uma pessoa que estiver ameaçada de pena de morte", afirma Cecilia Riddselius, vice-diretora de assuntos penais e cooperação internacional do Ministério da Justiça sueca em declarações ao diário alemão "Frankfurter Rundschau".
Antes de decidir sobre a possibilidade de Assange ser extraditado aos Estados Unidos, este país deveria garantir à Suécia que o prisioneiro não seria executado em nenhum caso, avalia a alta funcionária da Justiça sueca.
Além disso, Riddselius ressalta que a Justiça americana até agora não deu nenhum passo junto à Suécia para solicitar formalmente a extradição de Assange, assim como também não o fez perante as autoridades britânicas.
Assange é reclamado pela Justiça da Suécia devido às denúncias de duas mulheres por supostas agressões sexuais, as quais ele negou reiteradamente.
O fundador do site WikiLeaks, de 41 anos, está abrigado na embaixada equatoriana em Londres desde 19 de junho, quando pediu proteção ao presidente Rafael Correa, cujo Governo finalmente lhe concedeu asilo na quinta-feira passada.