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Suécia freará refugiados e inquieta Dinamarca e Alemanha

"Não queremos voltar a ter filas de refugiados e imigrantes em nossas estradas", disse primeiro-ministro da Dinamarca

Refugiados: "Não queremos voltar a ter filas de imigrantes em nossas estradas", disse primeiro-ministro da Dinamarca (Stig-Ake Jonsson/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2016 às 16h27.

Berlim - As autoridades da Suécia implantarão amanhã, segunda-feira, controles em sua fronteira com a Dinamarca para tentar conter a chegada de refugiados por essa via, questão que inquieta tanto seus vizinhos dinamarqueses quanto a Alemanha.

A medida, anunciada por Estocolmo em dezembro, teve uma clara resposta desde Copenhague, através da mensagem de fim de ano do primeiro-ministro, o liberal Lars Lokke Rasmussen, que assinalou que essa medida derivaria "provavelmente" em fazer o mesmo em sua fronteira com a Alemanha.

"Não queremos voltar a ter filas de refugiados e imigrantes em nossas estradas. Queremos nos assegurar de calma e tranquilidade", advertiu, em referência à possibilidade de os peticionários de asilo em trânsito que entrem desde a Alemanha com intenção de chegar a Suécia ficarem presos em seu território.

Esta situação já aconteceu nos meses anteriores, por causa dos primeiros controles de fronteiras, ainda esporádicos, mas agora se teme um efeito contínuo a partir de quando a polícia sueca passar A negar a entrada ade todo viajante que entre pela Dinamarca e não possa apresentar a documentação na regra.

"Pela primeira vez desde os anos 50 (o cidadão) terá que se identificar para atravessar por Örensund. É muito o que está em jogo. Isso pode nos levar a ter de estabelecer controles na Alemanha pelo bem da Dinamarca", prosseguiu o chefe do governo dinamarquês.

O ponto mais conflituoso é a ponte de Örensund, entre Copenhague e a cidade sueca de Malmo, inaugurada há 15 anos como via ágil de comunicação entre os dois países, cruzada diariamente por dezenas de milhares de pessoas em ambas as direções.

Todo viajante estará obrigado a apresentar sua documentação a partir de amanhã e os veículos que transportarem pessoas indocumentadas serão multados.

Os controles serão feitos tanto nos automóveis privados como em ônibus e trens, o que ameaça derivar não só em desconforto para os viajantes, mas também em atritos bilaterais entre Estocolmo e Copenhague.

A Suécia é o país da União Europeia com a mais alta cota de refugiados amparados em seu território por habitante.

Até o final de novembro tinham pedido asilo no país escandinavo 140 mil pessoas, número que, segundo estimativas das autoridades do país, poderia chegar a 160 mil até o final de 2015.

O governo sueco já havia endurecido em meados de dezembro suas leis para o amparo de refugiados, até agora as mais abertas da UE, o que transformou o país, junto com a Alemanha, em destino preferêncial para os peticionários de asilo.

A Alemanha, que em 2015 recebeu mais de um milhão de refugiados, teme por sua vez as consequências dos controles suecos, depois de nos meses passados as estações de Hamburgo e de outras cidades do norte do país terem sido transformadas em lugar de acampamento de peticionários que estavam de passagem para a Dinamarca e daí, para a Suécia. EFE

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Berlim - As autoridades da Suécia implantarão amanhã, segunda-feira, controles em sua fronteira com a Dinamarca para tentar conter a chegada de refugiados por essa via, questão que inquieta tanto seus vizinhos dinamarqueses quanto a Alemanha.

A medida, anunciada por Estocolmo em dezembro, teve uma clara resposta desde Copenhague, através da mensagem de fim de ano do primeiro-ministro, o liberal Lars Lokke Rasmussen, que assinalou que essa medida derivaria "provavelmente" em fazer o mesmo em sua fronteira com a Alemanha.

"Não queremos voltar a ter filas de refugiados e imigrantes em nossas estradas. Queremos nos assegurar de calma e tranquilidade", advertiu, em referência à possibilidade de os peticionários de asilo em trânsito que entrem desde a Alemanha com intenção de chegar a Suécia ficarem presos em seu território.

Esta situação já aconteceu nos meses anteriores, por causa dos primeiros controles de fronteiras, ainda esporádicos, mas agora se teme um efeito contínuo a partir de quando a polícia sueca passar A negar a entrada ade todo viajante que entre pela Dinamarca e não possa apresentar a documentação na regra.

"Pela primeira vez desde os anos 50 (o cidadão) terá que se identificar para atravessar por Örensund. É muito o que está em jogo. Isso pode nos levar a ter de estabelecer controles na Alemanha pelo bem da Dinamarca", prosseguiu o chefe do governo dinamarquês.

O ponto mais conflituoso é a ponte de Örensund, entre Copenhague e a cidade sueca de Malmo, inaugurada há 15 anos como via ágil de comunicação entre os dois países, cruzada diariamente por dezenas de milhares de pessoas em ambas as direções.

Todo viajante estará obrigado a apresentar sua documentação a partir de amanhã e os veículos que transportarem pessoas indocumentadas serão multados.

Os controles serão feitos tanto nos automóveis privados como em ônibus e trens, o que ameaça derivar não só em desconforto para os viajantes, mas também em atritos bilaterais entre Estocolmo e Copenhague.

A Suécia é o país da União Europeia com a mais alta cota de refugiados amparados em seu território por habitante.

Até o final de novembro tinham pedido asilo no país escandinavo 140 mil pessoas, número que, segundo estimativas das autoridades do país, poderia chegar a 160 mil até o final de 2015.

O governo sueco já havia endurecido em meados de dezembro suas leis para o amparo de refugiados, até agora as mais abertas da UE, o que transformou o país, junto com a Alemanha, em destino preferêncial para os peticionários de asilo.

A Alemanha, que em 2015 recebeu mais de um milhão de refugiados, teme por sua vez as consequências dos controles suecos, depois de nos meses passados as estações de Hamburgo e de outras cidades do norte do país terem sido transformadas em lugar de acampamento de peticionários que estavam de passagem para a Dinamarca e daí, para a Suécia. EFE

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